ECONOMIA: Condenação de Lula é positiva para o mercado econômico, avalia especialista

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LOC.: A notícia da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta quarta-feira (12) provocou reações no mercado econômico brasileiro. Por volta das três da tarde, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançou 1,39%. No mesmo horário, o dólar comercial caiu 1,41%, custando R$ 3,207 na venda. O pregão, que vinha subindo 0,6% por volta das duas da tarde, acelerou para 1,14% depois da sentença do juiz Sérgio Moro, da Lava-Jato. O professor de especialização em mercado financeiro da Universidade de Brasília, Cesar Bergo, avalia que as variações foram positivas nesse caso porque o mercado vê com bons olhos a possibilidade de Lula não ser candidato à presidência em 2018.

TEC.:/SONORA:
César Bergo, professor de especialização em mercado financeiro da UnB.
“A economia vai trabalhar em cima de expectativas. Com relação à decisão do juiz, isso pode implicar no impedimento dele de se candidatar à presidência. Então, imediatamente, aquelas expectativas todas ruins de uma possível eleição do presidente Lula no ano que vem, imediatamente o mercado acaba precificando um pouco e aí houve essa corrida positiva, sobretudo em algumas empresas que são prejudicadas em função da política governamental, que é o caso da Petrobras, que foi a primeira ação que reagiu positivamente à notícia.”

LOC.: O ex-presidente foi condenado a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um processo que envolve o caso da compra e reforma de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo o Ministério Público, teriam sido repassados ao petista R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por corrupção. Contudo, a sentença publicada em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro permite que Lula recorra em liberdade.

Reportagem, Tácido Rodrigues

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