ECONOMIA: América Latina e Caribe sofrem com subdesenvolvimento, diz presidente do Cofecon

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REPÓRTER: Países da América Latina e Caribe vivem um problema de subdesenvolvimento. Essa é uma das constatações do presidente do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, que participou do seminário “Modelo de Desenvolvimentos para Países da America Latina e Caribe”, no começo desta semana. 
 
De acordo com o Miragaya, existem fatores comuns a esses países: a distribuição desigual de renda e o grande número de pessoas pobres. Na avaliação do presidente do Cofecon, os modelos econômicos implementados nesses países estão sempre mais associados aos interesses do capital financeiro do que aos interesses da maioria da população. Por isso, Júlio Miragaya acredita na importância do debate. 
 
SONORA: Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia           
“A maior contribuição que a gente pode dar é exatamente provocar essa discussão, chamar especialistas, economistas renomados do continente para que a gente, a partir desse debate, apresente alternativas às políticas que são implementadas. E que essa discussão possa, de alguma forma, apontar na direção de que outro modelo é possível, que não esse modelo que a gente tem visto na região durante as últimas décadas.” 
 
REPÓRTER: Outro tema debatido durante o seminário foi a eleição do magnata norte-americano Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O presidente Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, acredita que Trump não vai tomar decisões tão radicais quanto as projetadas pelo mercado, mas que  as poucas mudanças feitas por ele podem impactar diretamente a economia latino-americana.  
 
SONORA: Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia          
“Alguma diferença vai ter em relação ao que é o governo Obama. Um pouco mais de distanciamento de acordos internacionais, algumas restrições, mas nada muito radical. Agora, o pouco que modifica com certeza vai ser prejuízo para os interesses da América Latina. Porque de alguma forma, ou de outra, isso pode restringir um pouco a capacidade de exportação desses países, particularmente de produtos industriais. Dada a dimensão do mercado americano isso pode e vai afetar algumas economias.”
 
REPÓRTER: Depois do seminário, dirigentes dos conselhos e entidades de economia da América Latina e Caribe definiram que um novo congresso deve acontecer em abril de 2017. O objetivo será discutir a nova ordem mundial e os reflexos para a economia caribenha e latino-americana. 
 

Reportagem, Bruna Goularte

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