REPÓRTER: Quem não colaborar no combate ao mosquito Aedes aegypti em Dourados, além de correr o risco de contrair dengue, chikungunya e o Zika, pode sentir no bolso as consequências. Isso porque as multas para os donos de imóveis que insistem em não abrir as portas para os agentes aumentaram. As multas para donos de residências aumentaram de 100 reais para 800 reais. No caso de terrenos baldios, a multa foi de 500 reais para mil e 300 reais. Comércios e indústrias que não atendiam as notificações pagavam 800 reais, agora, vão pagar 1600 reais. Segundo a Secretaria de saúde Municipal, o reajuste é uma das ferramentas da cidade para tentar conter a infestação do mosquito, e mostrar para a população a necessidade de se tomar os cuidados diários. O reajuste ocorre em um ano difícil no combate ao Aedes aegypti em Dourados, já que a chuva acima da média no início do ano deixou todos os bairros da cidade em estado de alerta. Dourados tem mais de 107 mil imóveis. Nazira Padilha, 71 anos, teve chikungunya. A irmã da cozinheira teve dengue. Ela afirma que toma todos os cuidados necessários, mas que a vizinhança não faz o mesmo.
SONORA: Nazira Padilha - personagem
“Eu falei para eles que têm que cuidar, pois eles têm crianças e idosos na casa. E o que eu passei é muito difícil. Muita dor, muita febre. Mas eles não acreditam muito não”
REPÓRTER: Dourados já registrou mais de dois mil e 100 casos suspeitos de dengue, 12 de chikungunya e 13 do vírus Zika. Um caso de microcefalia está sendo investigado. 400 agentes de saúde e endemias têm percorrido as ruas do município no combate ao Aedes aegypti. Mas, a população precisa cooperar abrindo as portas de casa para os agentes, como lembra a coordenadora de zoonoses da cidade, Rosana da Silva
SONORA: Rosana da Sila - coordenadora de zoonoses
“Que a população receba os agentes de endemias, o agente comunitário. É importante que todos façam o papel fiscalizador, faça seu papel de vigilância no seu respectivo imóvel.”
REPÓRTER: Manter os cuidados diariamente evita que os criadouros do mosquito se proliferem, prevenindo a dengue, a chikungunya e o Zika, como lembra o Ministro da Saúde, Marcelo Castro
SONORA: Marcelo Castro, Ministro da Saúde
“O que a gente precisa ter a compreensão é a de que é um trabalho que é duradouro, que nós não vamos eliminar o mosquito de uma hora para outra e que é preciso ser uma ação continuada, rotineira, sistemática.”
REPÓRTER: Se você souber locais que possam ser possíveis criadouros do mosquito, ligue no centro de zoonoses de Dourados, o número é 3411 7753, e funciona 24 horas. De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes aegypti nasce dentro de casa. Saiba mais na internet, no endereço
combateaedes.saude.gov.br.
Reportagem, Raphael Costa
