DENGUE: 117 municípios brasileiros estão em situação de risco e 533 em alerta

Cento e dezessete municípios brasileiros estão em situação de risco para epidemias de dengue. Isso quer dizer que nessas cidades há focos suficientes para que uma epidemia seja instalada. Já 533 cidades estão em alerta, ou seja, ainda não há focos suficientes para uma epidemia de dengue, mas a situação é preocupante e precisa de uma atenção maior do poder público e da população

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Tempo de áudio – 03'16''

REPÓRTER: Cento e dezessete municípios brasileiros estão em situação de risco para epidemias de dengue. Isso quer dizer que nessas cidades há focos suficientes para que uma epidemia seja instalada. Já 533 cidades estão em alerta, ou seja, ainda não há focos suficientes para uma epidemia de dengue, mas a situação é preocupante e precisa de uma atenção maior do poder público e da população. Os dados são do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes Aegypti. O levantamento, divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde, identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença. De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a pesquisa é utilizada para orientar as ações de controle da dengue.

SONORA: ministro da Saúde – Arthur Chioro

"Mostra não só as cidades, mas as regiões de cada cidade, qual é a área de maior risco. Ou se a situação é satisfatória ou se é uma situação de alerta. Identifica qual que é o tipo de depósito mais comum, se é o depósito domiciliar, se é lixo, se é armazenamento da água e, portanto, permite às prefeituras, às diferentes áreas, não só as secretarias de saúde, aos agentes de saúde, mas todos os setores e as próprias famílias, a própria sociedade, desencadear uma ação efetiva de controle tanto da dengue, quanto da Chikungunya. Afinal de contas, o mosquito transmissor é o mesmo".

REPÓRTER: O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, reforça que as ações de prevenção para combater dengue e chikungunya devem sempre ser aplicadas pelo poder público e pela comunidade.

SONORA: secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa

"Como 80% dos focos de mosquito estão dentro dos domicílios, a mobilização da população tem um papel fundamental. O poder público tem que fazer sua parte. Tem que fazer remoção de lixo de terreno baldio. Tem que fiscalizar borracharia, ferro velho, esse tipo de lugar que pode reunir muito criadouro. Tem que ver praças, logradouros públicos. Mas esse trabalho em conjunto é onde a gente vê que tem um resultado importante no sucesso da mobilização das pessoas".

REPÓRTER: O professor de música Clênio Guimarães mora em Brasília. Ele conta que toma as medidas de prevenção para evitar que a doença apareça na vizinhança e em todo o Distrito Federal.

SONORA: professor de música – Clênio Guimarães

"Eu moro em casa e a gente tem um jardim. Nesse jardim a gente sempre está procurando ver se não tem água parada. A gente sempre está colocando terra nos vasos, esse tipo de coisa. Lixo, sempre fechando direitinho e colocando nas horas certas de quando vai passar o pessoal que recolhe. Nunca apareceu nenhum foco, não. Graças a Deus. O pessoal, também, os vizinhos, que parece que têm colaborado bastante porque nunca apareceu, não. E essas campanhas que todo ano tem, também, do governo que faz propagandas falando. Então, acho que isso é importante também".

REPÓRTER: O número de casos registrados de dengue no Brasil caiu 61% entre janeiro e outubro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013. Neste ano, o Ministério da Saúde repassou aos estados e municípios cerca de um bilhão e 200 milhões de reais para ações de vigilância, prevenção e controle da doença em todo o país. Para saber mais, acesse www.saude.gov.br.

Reportagem, Fábio Ruas

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