CURITIBA (PR): Curitiba registra 49 casos novos de Tuberculose este ano

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LOC: Em 2016, a capital registrou 334 casos de Tuberculose. Este ano, já são 49 notificações. O auxiliar de serviços gerais, Rubens Dias, luta contra a doença há 14 anos. Neste período, contraiu a Tuberculose três vezes e em nenhuma terminou o tratamento. Em 2015, foi diagnosticado novamente com Tuberculose Multirresistente, mas dessa vez tem seguido o tratamento no Hospital São Sebastião da Lapa. Ele conta que, por conta da doença, teve que abandonar o serviço e não teve apoio da família. O auxiliar já faz planos para uma nova vida.

TEC/SONORA: Rubens Dias, 43 anos, auxiliar de serviços gerais.

 “Eu perdi o emprego por causa da doença. Sofri muito preconceito. Senti preconceito da minha mãe, da minha ex-mulher, dos meus filhos. Uma coisa que eu deveria ter apoio e não tive. Se depender de mim, eu vou ser um palestrante sobre a Tuberculose.”

LOC: A capital registrou ainda um índice de 7% de abandono ao tratamento. O número é acima da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 5%. A superintendente de Vigilância em Saúde, Juliane Oliveira, ressalta que a Secretaria de Saúde de Curitiba tem implantado ações para reduzir o número de casos e melhorar o acompanhamento dos pacientes nas ruas. A capital também está utilizando o teste rápido para tuberculose. Em menos de 24 horas é possível fazer o diagnóstico da Tuberculose. 

TEC/SONORA: Juliane Oliveira, superintendente de Vigilância em Saúde.

“A coleta é feita como é feita para a baciloscopia, o escarro no frasco. O frasco é encaminhado para o laboratório. O laboratório realiza o teste de biologia molecular. Então, dispensa a etapa de bacterioscopia, de olhar a bactéria na lâmina. Já é feito tudo automatizado."

 LOC: A secretaria implantou também um projeto que leva atendimento médico para os moradores de rua. O “Consultório nas Ruas” tem ajudado a diagnosticar casos novos de Tuberculose e a manter um acompanhamento do paciente que dificilmente seguiria o tratamento em uma unidade de saúde. Hoje, cinco pessoas em situação de rua são acompanhadas pelas equipes do Consultório nas Ruas. Isso significa que o serviço vai até o paciente.  O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, o tratamento que tem a duração mínima de seis meses e deve ser realizado sem interrupção. Se a tosse persistir por mais de três semanas procure uma unidade de saúde. Para mais informações, acesse saude.gov.br. 

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