CULTURA: Chá Literário celebra poesia de Cora Coralina

Adotou o pseudônimo Cora Coralina aos 50 anos após ter sofrido uma transformação interior e disse ter perdido o medo. Isso tudo após sofrer as perdas do marido e dos seis filhos, além dos genitores. 

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SOBE SOM: ”Ela é pai, ela é mãe, ela é dona do seu ninho, é mais homem que o homem que deixou o filho sozinho, trabalha 12 horas pra honrar seu próprio nome, pra ver seu filho sorrir e que ele não morra de fome”.
 
REPÓRTER: O trecho do rap do MC paraense Everton marcou o clima do Chá literário em homenageou a poeta e contista Cora Coralina. O projeto integra a programação do mês da mulher da biblioteca Desembargador Antônio Koury, do Tribunal de Justiça do Pará. O MC Everton foi o convidado especial do chá. Ele falou sobre os desafios de parafrasear poemas da Cora para uma linguagem mais contemporânea.
 
SONORA: MC paraense Everton
“Eu tive que me adaptar ao meio que ela escrevia, até porque é totalmente diferente da poesia marginal, ela usava algumas palavras que hoje está em desuso, que hoje em dia a gente não usa mais. Ela também tem uma crítica social por trás que o rap também tem e é muito forte, então eu me agradei bastante quando eu vi e foi bem agradável”.
 
REPÓRTER: Adotou o pseudônimo Cora Coralina aos 50 anos após ter sofrido uma transformação interior e disse ter perdido o medo. Isso tudo após sofrer as perdas do marido e dos seis filhos, além dos genitores. As mensagens de motivação, da perda do medo, de encarar as dificuldades foram pontos destacados da obra de Cora Coralina pelomediador do encontro, Jeová Barros de Oliveira
 
SONORA: Mediador do encontro, Jeová Barros de Oliveira
“Quando a pessoa perde o medo de escrever, de mostrar o que produz, de não parar de escrever. Eu acho que a pessoa tem mais chance de mostrar o que pensa, de talvez não modificar o mundo mas modificar alguém no mundo já é uma grande coisa”
 
REPÓRTER: A diretora do Departamento de Documentação e Informação do TJPA, Pollyanna Pires, contou que se identifica com as obras da poeta. elas remetem a lembranças da sua infância.
 
SONORA: Diretora do Departamento de Documentação, Pollyanna
“Eu me identifico muito com tudo isso, quando você visita a casa dela ou quando se ler o que ela produz parece que eu voltei a minha infância [...] vendo minha avó e minha mãe no fogão a lenha e as coisas que elas conversavam. Esse conteúdo tá muito presente no que a obra produz”.
 
REPÓRTER: A programação prosseguiu com o sorteio de brindes e encerrou com mais uma apresentação de Éverton MC.
 
SOBE SOM“Olho na vitrine, retina consome marca, é como um cachorro olhando frango na vidraça, não fala a tua criança o futuro da nação, faça mais por ela e sirva como inspiração”.
 
Reportagem, Diego Leandro

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