LOC.: Oposicionistas ao governo Michel Temer, os parlamentares da REDE, Alessandro Molon (RJ), Aliel Machado (PR) e o senador Randolfe Rodrigues (AP) protocolaram nesta segunda-feira (17) um pedido para que à Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue a liberação de emendas à deputados às vésperas da votação da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
De acordo com um levantamento realizado pela REDE, o governo empenhou nos últimos 15 dias um total de R$ 1,9 bilhão, valor próximo ao que havia sido processado desde o começo do ano até seis de junho, que foi R$ 1,8 bilhão.
Para o senador Randolfe Rodrigues está claro, que da forma como as emendas foram liberadas, o governo tentou obstruir a justiça na votação da admissibilidade da denúncia na CCJ.
TEC./SONORA: Randolfe Rodrigues, senador (REDE-AP)
“Ao liberar da forma como foi liberado, claramente houve uma ofensa e uma utilização do orçamento como instrumento de obstrução a justiça. Isso porque, foi liberado descriminando parlamentares, privilegiando aqueles parlamentares que iriam votar pela rejeição da denúncia.”
LOC.: Vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS) defende que a liberação das emendas foram democráticas, inclusive beneficiando parlamentares de oposição ao governo.
TEC./SONORA: Darcísio Perondi, deputado federal (PMDB-RS)
“A oposição diz que por causa da CCJ só a base recebeu recursos empenhados nos últimos três meses. E não é verdade. Os deputados mais guerreiros da oposição, Alessandro Molon (Rede-RJ), Maria do Rosário (PT-RS), Ivan Valente (PSOL-SP) receberam igual ou maior que deputados que defendem o governo na CJJ.
LOC.: Além da Rede, o PSOL também protocolou, nesta segunda, um outro pedido para que a PGR investigue a liberação de emendas parlamentares por parte do presidente Michel Temer.
Reportagem, João Paulo Machado