COMBATE: Quando a sua profissão pode ajudar na luta contra Aedes aegypti

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REPÓRTER: O combate ao Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, chicungunya e Zika vírus é feito em vários pontos do país por pessoas que em parceria com o estado ou de maneira individual colocam a própria profissão a serviço da tarefa de livrar o Brasil dessas doenças.

É o caso da farmacêutica Katiúscia Vieira, que mora em Cafelândia, no leste do Paraná, há mais de quinhentos quilômetros da capital Curitiba. Para todos os fregueses da farmácia em que trabalha, Katiúscia se preocupa em falar sobre os cuidados que devemos ter com o mosquito.

Ela alerta, principalmente, para os perigos dos focos que a gente não vê.

SONORA: Katiúscia Vieira, farmaceûtica

“Onde é comum, por exemplo, vaso de planta, pneu, isso todo mundo vê. Som que o perigo ta onde a gente não vê. Por exemplo, nas calhas, em cima. Ninguém vai subir na casa pra olhar, né? Se tem água parada ou não...e é importantíssimo, porque é um lugar que pode ter.Nos ralos...ninguém tira o negocinho do ralo pra ver se tem águia parada ali embaixo.”

REPÓRTER: Nem todos que usam o próprio trabalho para ajudar no combate ao mosquito são profissionais da área de saúde. Milton Souza é borracheiro em João Pessoa, capital da Paraíba.

A Prefeitura da cidade fechou uma parceria com as borracharias para recolher duas vezes por semana pneus usados, que sempre podem virar foco de criação do mosquito.

Milton conta o que ele faz com os pneus velhos nos dias que os agentes da Prefeitura não passam.

SONORA: Milton Souza, borracheiro

“Quando eles não passam, o que que a gente faz? A gente guarda os pneus pra que não pegue chuva, cobre com a lona, tá entendendo? Pra que a gente evite também, não é só papel da Prefeitura, tem que se conscientização de cada um de nós”

REPÓRTER: Em Lagoa Santa, cidade de Minas a quarenta minutos de Belo Horizonte, catadores de lixo acompanham os agentes comunitários nas visitas às casas para recolher tudo que pode ser reutilizado. Na luta contra o Aedes aegypti, essa parceria tem até carro de som para avisar os moradores. É o que conta José Romício da Silva, que faz parte  de uma associação de catadores de Lagoa Santa

 

SONORA: chefe de departamento de coleta seletiva da Ascamare, José Romício da Silva




“Toda vez que tem o combate à dengue aqui em Lagoa Santa, a gente vai para a rua com o pessoal da saúde para participar. Eu mando o caminhão, com o pessoal da coleta, encontramos com os agentes, e aí nós vamos rua por rua ou batendo de porta em porta. Geralmente tem carro de som avisando também, a gente sai limpando a cidade.”

 

REPÓRTER: Para ter informações sobre dengue, chicungunya e zika vírus e as formas de combater o mosquito que transmite essas doenças, acesse o seguinte endereço: combateaedes.saude.gov. BR.

Reportagem, André Giusti

 

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