CEARÁ: Municípios se unem contra a Tuberculose

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LOC: O Governo Federal lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose. A proposta vem se juntar aos esforços da Organização Mundial da Saúde para erradicar a tuberculose no mundo até 2035. O Ceará está entre os alvos centrais da ação. Em 2016, foram registradas 151 mortes por tuberculose no estado. O Ministro da Saúde Ricardo Barros espera reduzir em 70% a incidência de tuberculose no país até 2035.

TEC/SONORA: Ricardo Barros, Ministro da Saúde.

“Fazemos aqui um apelo aos familiares, aos amigos das pessoas portadoras de tuberculose, que estimule essas pessoas a buscar o tratamento. É um bom tratamento que o SUS oferece e, certamente, com isso, além de atingirmos as nossas metas e os nossos compromissos com a Organização Mundial da Saúde, teremos mais qualidade de vida, mais conforto e mais saúde aos brasileiros.”

LOC: No Ceará, os municípios que demandam atenção especial são Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Itapipoca, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. A população deve ficar alerta a sintomas como tosse que dura mais de três semanas. Ela pode vir acompanhada de febre, suores noturno, falta de apetite, entre outros sintomas. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS e dura no mínimo seis meses. Mesmo com a melhora dos sintomas, o paciente não pode abandonar o tratamento. Para a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Denise Arakaki, os profissionais de saúde e as pessoas próximas ao doente devem incentivar a continuidade do acompanhamento médico até o fim.

TEC/SONORA: Denise Arakaki, coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde.

“Temos que engajar profissionais de saúde, famílias, comunidades e a sociedade civil em um entendimento de que a tuberculose depende de todos nós para ser vencida. Um paciente com tuberculose precisa ser bem acolhido pelo serviço de saúde, a família não pode ter preconceito contra aquele indivíduo. Os colegas de trabalho precisam entender que a tuberculose é uma doença transmissível e tem cura, mas o indivíduo rapidamente deixa de ser transmissor.”

LOC: Em apenas 15 dias após o início do tratamento, na maioria dos casos, o paciente deixa de ser transmissor da doença. Alguns ambientes são favoráveis à propagação e resistência do bacilo transmissor da tuberculose. Lugares com muitas pessoas, pouca ventilação e pouca luz natural facilitam o contágio. Denise Arakaki explica que, pela má qualidade de vida, a população de baixa renda está entre as maiores vítimas.

TEC/SONORA: Denise Arakaki, coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde.

“As pessoas que estão mais periféricas em termos de condições sociais, também têm mais dificuldade de uma boa alimentação, condições de vidas mais adequadas e é por isso que elas acabam estando expostas a ambientes que favorecem a disseminação do bacilo. Essas pessoas moram em uma casa ruim, moram em condições precárias de saneamento básico, se alimentam mal, e, se alimentando mal elas têm um sistema imunológico pior.”

LOC: Condições físicas como diabetes, HIV e tratamentos com imunossupressores tornam os indivíduos mais vulneráveis ao contágio. A tuberculose pode se manifestar em qualquer época do ano, não sendo uma doença de estação. O diagnóstico é feito por meio de um teste de escarro ou catarro e o resultado sai em poucas horas. Pessoas que conviveram com infectados também devem procurar um médico. Para saber mais informações sobre a doença, acesse: saude.gov.br.
 

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