CEARÁ: Meninas de 11 a 13 anos devem tomar a segunda dose contra o HPV

De acordo com a secretaria de saúde do Ceará, estima-se que no último ano, cerca de 250 mulheres tenham morrido de câncer do colo do útero, o que equivale a 34% da população feminina do estado.

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REPÓRTER: A segunda fase da vacinação contra o HPV continua em todo o Brasil. As meninas de 11 a 13 anos de idade precisam procurar uma das 35 mil Unidades Básicas de Saúde em todo o país e se vacinar contra o vírus que causa o câncer do colo do útero. Apesar do sucesso da vacinação na primeira fase, nesta segunda etapa o número de meninas vacinadas está abaixo do necessário. É bom lembrar que não adianta nada tomar a primeira dose e não tomar a segunda. De acordo com a secretaria de saúde do Ceará, estima-se que no último ano, cerca de 250 mulheres tenham morrido de câncer do colo do útero, o que equivale a 34% da população feminina do estado. Foi na escola que a estudante que mora em Fortaleza, Ana Tércia Borges, de 13 anos, tomou a primeira dose. Ao saber que a segunda dose seria aplicada no Posto de Saúde perto de casa, a jovem não perdeu a oportunidade e foi completar a dose contra o HPV. 

SONORA: estudante – Ana Tércia Borges, 13 anos Fortaleza

“A gente foi no posto mais perto da minha casa, quando eu entrei a moça aplicou, não doeu, eu não senti nada. Já teve no meu colégio, foram duas enfermeiras aplicar. Para as meninas que não tomaram, é melhor elas irem, porque não dói nada, você não sente nada e protege contra o câncer do colo do útero, e vá no posto mais perto da casa dela, porque é melhor do que ficar doente, e é melhor a gente se prevenir logo né.” 

REPÓRTER:
  Para o secretário de saúde do Ceará, Calile Lavor, apesar da adesão à primeira etapa da vacinação contra o HPV ter alcançado praticamente 100% das adolescentes do estado, esta segunda etapa ainda precisa de nova mobilização para alcançar a meta. 

SONORA
: secretário de saúde do Ceará – Calile Lavor 

“No caso do Ceará, na primeira dose foi muito boa a receptividade nas escolas, atingimos até 100% da cobertura. Só o fato de não ter sido levada a vacina para as escolas, houve essa redução. Quer dizer, 40% não fizeram a vacina. Assim que as aulas se iniciarem, fazer uma nova mobilização para a gente completar a segunda dose. Eu acho que tem que ser enfatizado muito mais ainda, essa necessidade que são as três doses. Como tomar a primeira dose, seis meses depois a segunda dose, cinco anos a terceira dose. A eficácia da vacina depende de completar o esquema vacinal. Todas as adolescentes ao completarem os 11 anos de idade, que procure uma unidade de saúde. A vacina é protetora e procure a vacina como se procura as demais vacinas que são muito utilizadas no Brasil hoje.” 

REPÓRTER: O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, fala da importância de vacinar meninas de 11 a 13 anos contra o vírus HPV, lembrando que com isso esta poderá ser a primeira geração de mulheres livre das mortes por câncer do colo do útero. 

SONORA: secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa 

“Essa geração que está sendo vacinada contra o HPV, combinando a vacina contra o HPV com o exame Papanicolau a partir dos 25 anos, pode ser a primeira geração livre de mortes por câncer do colo do útero, por isso, as famílias não devem perder essa oportunidade e não devem dar ouvidos a boatos que não têm nem comprovação no Brasil, nem em qualquer lugar do mundo. Essa vacina era uma vacina cara, que antes de ser incorporada pelo SUS, que só meninas ricas tinham acesso. Hoje, qualquer menina do nosso país pode estar protegida contra o câncer do colo do útero. Por isso é importante que as meninas que tomaram a primeira dose, tomem a segunda. A proteção só está completa quando ela toma a segunda dose e cinco anos depois, ela toma o reforço.” 

REPÓRTER: As meninas entre 11 e 13 anos que não tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV precisam procurar uma Unidade Básica de Saúde, pois não adianta nada tomar a primeira dose e não tomar a segunda. Quem ainda não tomou a primeira dose e tem entre 11 e 13 anos também precisa se vacinar. 

Reportagem, Diane Lourenço 

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