CAUCAIA (CE): Projeto com peixes auxilia no combate ao mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya.

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 LOC: A seca tem obrigado a população do Ceará a armazenar água das mais diversas formas há muitos anos. E é aí que mora o perigo. Se não tiver o cuidado devido, o mosquito transmissor da Dengue, do vírus Zika e da Chikungunya bota seus ovos na água parada, se multiplica e pica muita gente. Mas algumas formas alternativas têm ajudado a impedir que o mosquito nasça e se multiplique. Já ouviu falar no peixe beta? Então, essa espécie começou a ser utilizada no município de Caucaia para comer larvas do mosquito na água antes que elas se tornem insetos. O projeto é muito interessante e bastante sério. Os agentes recebem uma capacitação para instalar o peixe nas casas. O coordenador de endemias do município, Francisco Pires, afirma que essa ação tende a crescer no próximo ano.

TEC/SONORA
: Francisco Pires, coordenador de Endemias de Caucaia.

“O município está com um projeto pioneiro, inclusive, a nível estadual. Nós montamos, aqui, no setor de Controle de Endemias e zoonose, um laboratório de reprodução do peixe beta. A ideia é reproduzir esse peixe nesse próprio laboratório, e previsão é que agora, acredito que partir de janeiro ou fevereiro, a gente já tenha a condição de estar reproduzindo esse peixe. Nós calculamos pelo projeto elaborado que a ideia é que, por mês, a gente possa estar reproduzindo entre quatro a cinco mil peixes.”  


LOC: Segundo Francisco,em aproximadamente 15% das moradias dos bairros mais afetados pelo mosquito na zona urbana de Caucaia o peixe beta já é utilizado. Os moradores que possuem o fiel combatente em sua residência tem um monitoramento constante.

TEC/SONORA: Francisco Pires, coordenador de Endemias de Caucaia.

“A ideia do peixe beta é justamente a ação eficaz que tem dentro do depósito. Para isso, também é importante que está sendo feito todo um trabalho de sensibilização com os profissionais, porque não é simplesmente colocar o peixe. É preciso trabalhar a sensibilização da população. É preciso orientar a população para quê e o porquê que aquele peixe está sendo colocado naquele depósito. E ainda, toda localidade, uma vez "peixeada" como nós colocamos, ela é monitorada.”


LOC: Toda forma de combater o mosquito é válida. Em Caucaia, mais de cinco mil casos de Dengue, Zika e Chikungunyajá foram notificados. A conselheira de saúde, Francislene Alves, vem sofrendo com a Chikungunya há mais de seis meses. Na época, ficou sem trabalhar, era dependente do marido para fazer coisas básicas como ir ao banheiro.

TEC/SONORA: Francislene Alves, conselheira de saúde no município.

“Não tinha nem como eu segurar nada. Porque minhas mãos – era terrível – e as juntas,todas doloridas, como ainda, até hoje, são. Que impede [a Chikungunya] a gente de fazer as coisas. É melhor pedir uma morte que pegar Chikungunya, porque morreu e acabou a dor. Mas você passar esse horror de tempo dessa maneira... Porque essa doença aí foi o "cão" quem inventou, porque pelo amor de Deus, veio mesmo pra acabar com a gente.”


LOC: Todos devem entrar nessa luta para que o mosquito não faça mais vítimas como a dona Francislene. Os sintomas são sérios e podem mudar totalmente uma vida. Desde ficar sem trabalhar por conta das dores, até sequelas graves e até a morte. Faça a vistoria em sua casa pelo menos quinze minutos por semana. O mosquito só precisa de sete dias para se desenvolver. Saiba mais na internet, no endereço saude.gov.br/combateaedes. 
 

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