CAPIM GROSSO (BA): Meninas entre 9 e 11 anos do município devem tomar segunda dose da vacina contra HPV

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TEC: Trilha (BG)
 
LOC: Adenildes Novaes dos Santos é moradora do bairro Oliveira, de Capim Grosso. A professora de 44 anos tem uma filha de 12 e já levou a garota para vacinar contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV. A filha de Adenildes tomou as duas doses da vacina contra o vírus, que é um dos principais causadores do câncer do colo do útero. Mães como Adenildes, que levaram as filhas para vacinar, ainda são poucas em Capim Grosso. Em todo município, menos de quatro por cento das meninas de nove a 11 anos de idade tomaram a primeira dose da vacina este ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Esse número coloca a cidade entre as localidades brasileiras que apresentam os números mais baixos em relação à meta de vacinação contra o HPV estabelecida pelo Ministério, que é de vacinar 80% dessas jovens.  Adenildes Novaes manda um recado para as mães que ainda não levaram as filhas para vacinar e lembra que a dose contra o HPV na rede particular custa muito caro.  
 
TEC: Adenildes Novaes dos Santos, personagem
“A todas as mães que estão me ouvindo neste momento é importante a vacina, independente da reação, a reação é de cada organismo, não é a vacina e não é o modo de dar a vacina, que todos os enfermeiros que aplicam esta vacina são preparados para isso. Então vale a pena participar da campanha e tomar a vacina, são três doses, a gente sabe que são três doses. É um projeto, um programa bom e importante para a comunidade que não é barata a vacina, para quem não sabe o valor é mais de 400 reais hoje uma vacina dessa e o SUS está fazendo esse programa de vacinar as meninas.”       
 
TEC: Sobe e Desce (BG)
 
LOC: Para que o número de vacinações em Capim Grosso melhore, a Secretaria de Saúde municipal já está tomando algumas atitudes. É o que diz o coordenador de imunização de Capim Grosso Maguide Rangel  de Souza. Segundo o gestor, agentes de saúde estão indo de casa em casa para alertar os pais sobre a importância da vacina contra o HPV, alem de buscar apoio das escolas para a divulgação da prevenção contra o vírus. Maguide Rangel aproveita para convidar as meninas que ainda não se vacinaram contra o vírus e lembra que para garotas da faixa etária a vacina sempre estará disponível.
 
TEC: Maguide Rangel de Souza, coordenado de Imunização do município
“A infecção pelo HPV é o principal responsável pelo câncer do colo do útero e uma das forma de prevenção e a principal delas é a vacinação contra o HPV e diante disso eu quero dirigir às meninas capim-grossenses, que ainda não foram vacinadas, que procure a unidade de saúde mais próxima a sua casa para receber a vacina e as que já tomaram a primeira dose que se dirijam à unidade para continuar o esquema agora com a segunda dose. É importante saber que meninas de nove a 13 anos devem receber essas doses.”    
 
TEC: Sobe e Desce (BG)
 
LOC: Em Capim Grosso, são nove postos de saúde que atendem das oito da manhã às cinco da tarde de segunda a sexta-feira. A vacina contra o HPV é dividida em três doses. Para que a adolescente fique livre do vírus é preciso que tome todas elas. Após a primeira dose, a menina vai tomar um reforço seis meses depois. A terceira e última dose é aplicada cindo anos após a primeira. A especialista em vacinas e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Balallai, explica que as doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde em todos os postos de Capim Grosso é segura. Ela lembra que, como qualquer medicamento, a vacina pode causar pequenos eventos adversos, mas nada que cause transtorno aos pacientes.
 
TEC: Isabela Balallai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações
“Qualquer medicamento, qualquer vacina, pode causar eventos adversos. Felizmente as vacinas causam muito pouco evento adverso até mesmo se comparada com muitos medicamentos que são necessários para tratar as pessoas. A grande dificuldade é que tudo que a população, relaciona temporalmente com a vacina é natural até que ela entenda como uma situação causada pela vacina, o que a gente quer dizer com isso, muitas vezes vocês está bem, toma uma vacina e acorda gripado e eu aposto aqui que quase 100% da população vai entender que foi a vacina da gripe que causou a gripe quando a gente sabe que não. Enfim, a vacina, não causa eventos adversos graves, é uma vacina segura já demonstrada de custo benefício, quer dizer, ela é capaz de evitar uma doença grave que é o câncer do colo do útero e ela não tem uma incidência maior de relatos de eventos adversos realmente relacionados a ela maior do que tantas as outras vacinas que a gente faz de rotina para as crianças, adolescentes e adultos no mundo inteiro.”
 
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da saúde é de que até o final do ano, 80% das meninas com idade entre 9 e 11 estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por menina nesta idade, leve-a a uma Unidade de Saúde e leve junto o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

TEC: Encerra trilha (BG).
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