CAMPO GRANDE (MS): Hemosul convoca doadores para repor estoque de sangue

Em Campo Grande, existe uma iniciativa de incentivo à doação de sangue: o Instituto Sangue Bom.

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LOC.: Você conhece o Instituto Sangue Bom? A iniciativa, que é totalmente voluntária, tem como objetivo principal conscientizar a população de Campo Grande e do Mato Grosso sobre a doação de sangue e de medula óssea. Por meio do projeto, são realizadas palestras semanais e campanhas mensais com profissionais da área da saúde e diversos outros campos. O idealizador do instituto é o professor de biologia Carlos Alberto Rezende, de 53 anos, solteiro, sem filhos, mais conhecido em Campo Grande como Carlão. Ele nasceu em Presidente Prudente, mas mora na capital de Mato Grosso há 40 anos, no bairro Jardins dos Estados. Ao mesmo tempo em que preside o Instituto Sangue Bom, segue ainda como professor e faz faculdade de biomedicina, que tem previsão para terminar em 2019. Ele já era doador de sangue frequente antes de ser diagnosticado com aplasia medular e precisar de um transplante, no ano passado. Nos primeiros meses do Projeto Sangue Bom, houve um aumento de 85% no número de doações de medula óssea no Hemosul.

TEC./SONORA: Carlos Alberto Rezende, professor e presidente do Instituto Sangue Bom.

“Fazemos em média cinco palestras por semana e em média hoje, conseguimos fazer duas, três, até quatro campanhas por mês, sempre ao lado do Hemosul. O Instituto está crescendo, nós temos também um quadro, um programa de rádio de grande audiência aqui em Campo Grande, de 15 em 15 dias, chamado Mitos e Verdades. O brasileiro por si só é solidário, mas o dia a dia nos consome, então é importante ter sempre alguém que possa nos lembrar de que nós não vivemos sozinhos, nós vivemos em sociedade, uma sociedade cada vez mais individualista. Então eu digo sempre: uma gota de sangue salva uma vida. E uma vida tem um valor inestimável.”

LOC.: Uma doação de sangue é capaz de salvar até quatro vidas. Em geral, são colhidos 450 ml de sangue a cada doação. Essa quantidade não faz falta para o doador, nem apresenta riscos para a saúde, desde que sejam seguidas as indicações dos profissionais. A diretora-técnica do Hemosul de Campo Grande conta que a unidade está sofrendo com a falta de doadores.

TEC./SONORA: Marina Torres, diretora-técnica do Hemosul em Campo Grande.

“A gente tem encontrado algumas dificuldades em relação à chamada dos doadores. Nós acreditamos que hoje em dia as pessoas têm uma rotina muito atribulada e às vezes se esquecem de virem doar e fazer seu ato de solidariedade. Mas quando a gente dá uma relembrada, eles realmente retornam aqui, para o Hemosul.”

LOC.: Para doar sangue, é preciso pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos, ter boa saúde e vontade de ajudar. Para menores de idade, entre 16 e 18 anos, é necessária autorização dos pais ou responsáveis. Em Campo Grande, as coletas de sangue são realizadas no Hemosul, que fica no centro, Av. Fernando Correa da Costa, número 1304; na Santa Casa, bairro São Francisco, Rua Eduardo Santos Pereira, número 88; e no Hospital Regional, no bairro Aero Rancho, Rua Engenheiro Lutherio Lopes, número 36. Para mais informações, acesse saude.gov.br/doesangue.

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