REPÓRTER: Apesar do aumento no número de meninas vacinadas com a segunda dose da vacina contra o HPV, aqui em Breves, apenas 22 por cento das adolescentes de 11 a 13 anos estão imunizadas. O objetivo do ministério da Saúde é proteger, no mínimo, 75 por cento das meninas nessa faixa etária. A principal forma de transmissão do HPV é a relação sexual, mas o vírus pode ser transmitido, mesmo em casos raros, pelo compartilhamento de sabonete e toalhas e, até mesmo no vaso sanitário. O epidemiologista do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, tranquiliza as famílias quanto à segurança da vacina.
SONORA: Epidemiologista do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa
“A análise dessas mais de seis milhões de doses aplicadas, até o momento, demonstram claramente que, a vacina no Brasil segue o padrão internacional de segurança, sem nenhum tipo de evento adverso inesperado, desconhecido ou grave, que não possa ser explicado por outra causa ter sido observado em nosso país. Então, a vacina é absolutamente segura, recomendada pela Organização Mundial de Saúde, e precisamos lembrar que, antes de ser oferecida gratuitamente pelo SUS, uma menina para se proteger contra o HPV, a família tinha que gastar cerca de mil e 500 Reais.”
REPÓRTER: A situação do estado do Pará é delicada, quando o assunto é câncer do colo do útero. Pesquisa feita pelo Instituto Nacional do Câncer, indica que, em 2015, quase mil mulheres devem ser diagnosticadas com a doença no estado. O ginecologista, Olímpio Ferreira de Almeida, do Instituto Nacional do Câncer, compara a situação de mulheres que já se imunizaram em países onde a vacina é aplicada há mais tempo.
SONORA: Médico, Olímpio Ferreira de Almeida
“Nos países desenvolvidos não se fazia no primeiro momento o papanicolau, a incidência do câncer era de 14 por cada 100 mil, 10 por cada 100 mil, quando começou a ser aplicada, mas no sistema organizado, eles reduziram a incidência do câncer do colo do útero de quatro a cinco, para cada 100 mil mulheres, então, já reduziu bastante só com o papanicolau, agora com a vacina vai reduzir praticamente a zero.”
REPÓRTER: Pais ou responsáveis devem aproveitar o período de férias escolares e levar as meninas para receber a segunda dose contra o HPV. A vacina está disponível aqui no município de Breves, durante todo ano. Basta procurar um posto de saúde mais próximo, com o cartão de vacina em mãos. As meninas de 10 anos já podem tomar a primeira dose da vacina contra o HPV
Reportagem, Rodrigo Santos