BRASILIA: Ministra Cármen Lúcia propõe ação de cidadania contra a corrupção e combate aos privilégios

A população clama por Justiça e contra a impunidade. E ética não é uma escolha, mas a única forma de se viver sem o caos”, observou a ministra Cármen Lúcia

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 “Precisamos combater os privilégios e transformar isso aqui em uma República verdadeira”, afirmou a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, em palestra proferida no encerramento do IV Fórum Jovem Pan Mitos e Fatos, realizado nesta terça-feira,15 em São Paulo. Ela propôs a união de todos os brasileiros em uma ação de cidadania contra a corrupção e pela Justiça. Para a ministra, a exemplo da Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria lançada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho – todos devem se unir no combate à corrupção e na busca de um país ético, justo e solidário. Em sua avaliação, é preciso que o próprio cidadão brasileiro tome para si a consciência de que é possível a construção de um novo modelo de país, afastando a concepção preconizada na chamada “Lei de Gerson”, segundo a qual “deve-se ter vantagem em tudo”. Citando frases que, segundo a ministra, refletem um sentimento social como “sempre foi assim” ou “todo mundo faz”, ela reforçou que corrupção é crime e como tal deve ser investigado, processado e punido. A ministra afirmou que não é contra a política, mas contra a forma como a política é feita no Brasil. Sobre o papel da Justiça e do Judiciário no atual contexto do país, a presidente do STF reconheceu que há um “estresse social” à espera de resultados imediatos. “A população clama por Justiça e contra a impunidade. E ética não é uma escolha, mas a única forma de se viver sem o caos”, observou a ministra Cármen Lúcia ao afirmar também que  os valores podem mudar ao longo do tempo, mas a busca por Justiça é permanente e as instituições precisam dar uma resposta à sociedade.       

 
Com informações do STF, reportagem, Storni Jr.
 

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