BRASIL: Ministro da Agricultura comenta consequências de Operação Carne Fraca

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LOC.: O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, comentou, nesta semana, sobre as consequências da Operação Carne Fraca da Polícia Federal. As investigações tiveram início em 17 de março e apontaram suspeita sobre as maiores empresas do ramo adulterarem a carne que vendiam no mercado interno e para exportação. Segundo o ministro da Agricultura, não é possível estabelecer um prazo para que as exportações de carne do Brasil voltem ao patamar de antes. Na primeira semana após a operação, as exportações de carne brasileira caíram 19%, mas, apesar disso, o mês de março teve crescimento de 9% em relação ao ano passado. Na avaliação de Blairo Maggi, essa é uma reação natural do mercado.

TEC./SONORA: Blairo Maggi, ministro da Agricultura.

"Considero isso até natural porque houve inicialmente um embargo, houve um susto bastante grande. E na retomada, alguns compradores, são os players do mercado, tentam diminuir o preço do mercado, acho natural. Mas também nós temos a capacidade de negociar."

LOC.: Segundo ele, o ministério recolheu preventivamente 762 amostras de produtos. Dessas, menos de 2% apresentaram risco sanitário. Atualmente, 75 países estão abertos à compra de carne brasileira, mas 57 deles reforçaram a inspeção. 13 países ainda se mostram fechados.

Durante audiência pública para tratar do assunto, o deputado Afonso Hamm, do PP do Rio Grande do Sul, alertou que ainda é preciso retomar a confiança na carne brasileira.

TEC./SONORA: Afonso Hamm, deputado (PP-RS)

"Nós ainda temos um preço abaixo, em torno de 5 a 7% do preço que o mercado praticava em março. Chegou a baixar de 15 a 20%. Hoje melhorou, mas o produtor ainda está recebendo menos porque houve esse reflexo. E nas exportações tivemos prejuízo e ainda temos. Então precisamos retomar essa confiança."

LOC.: Hoje em dia, 80% da carne bovina, 70% do frango e 76% da carne suína produzidas no Brasil são consumidas internamente.

Reportagem, Cintia Moreira

 

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