BELÉM: Judiciário atende comunidades da Ilha de Outeiro

O pescador João Batista, de 66 anos, não tinha certidão de nascimento e aproveitou o projeto Ribeirinho Cidadão na Ilha de Outeiro, para garantir o documento. Por conta de uma agressão, ele se tornou relativamente incapaz e para receber alguns benefícios, a documentação é necessária.

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Tempo do áudio – 2min25seg

LOC/REPÓRTER: O pescador João Batista, de 66 anos, não tinha certidão de nascimento e aproveitou o projeto Ribeirinho Cidadão na Ilha de Outeiro, para garantir o documento. Por conta de uma agressão, ele se tornou relativamente incapaz e para receber alguns benefícios, a documentação é necessária. A irmã dele, Maria da Conceição dos Santos acompanhou os procedimentos e conta que ficou satisfeita com a ação do Judiciário.

TEC/SONORA: Maria da Conceição dos Santos.

"Vai mudar muita coisa, minha como a dele. É uma boa ajuda. Ele nunca tirou documento nenhum, já corremos para tirar, agora graças a Deus aqui conseguimos. O que eu espero é o benefício dele, porque ele precisa muito. É fralda, é short, é roupa, tudo que ele precisa".

LOC/REPÓRTER: O projeto Ribeirinho Cidadão leva os serviços do Judiciário para regiões de difícil acesso no Pará. Em Outeiro, nove comunidades vão ser beneficiadas. No primeiro dia, cerca de 500 atendimentos foram registrados. Entre eles, a retirada de documentos, reconhecimento voluntário de paternidade e casamento comunitário. O coordenador do projeto Ribeirinho Cidadão, juiz Márcio Bittencourt, ressalta os prejuízos para o cidadão com a falta de documentos.

TEC/SONORA: Coordenador do projeto Ribeirinho Cidadão, juiz Márcio Bittencourt.

"Não consegue atendimento médico, não consegue estudar, não consegue registrar os filhos e essa informalidade toda, ilegalidade toda, dificulta o desenvolvimento da comunidade. O projeto é a Justiça como forma de levar desenvolvimento, melhorar as comunidades".

LOC/REPÓRTER: Durante a programação,o projeto "Minha Escola, Meu Refúgio" também percorre as comunidades. Em Outeiro, a Unidade Pedagógica Tucumaeira foi beneficiada. A coordenadora do projeto, juíza Mônica Maciel comenta que a ação visa combater e prevenir a violência contra crianças e adolescentes. 

TEC/SONORA: Coordenadora do projeto "Minha Escola, Meu Refúgio", juíza Mônica Maciel.

"Quais os sinais de mudança de comportamento que podem ser identificados em vítimas de violência, seja física ou violência principalmente sexual, de que forma a escola pode ajudar. Em relação aos pais, o que eles podem fazer para prevenir situações dessa natureza com seus filhos".

LOC/REPÓRTER: Nos dias 27 e 28 de novembro, o Projeto Ribeirinho Cidadão vai para a Escola Municipal Pedro Demo, da comunidade Barro Branco. Já nos dias 29 e 30, segue para a Escola Bosque da comunidade Brasília. Os atendimentos ocorrem de oito da manhã às cinco e meia da tarde.

Reportagem, Thamyres Nicolau

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