Bandidos constroem versões em busca de imunidade, diz nota da Presidência após acusações contra Temer

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

Em resposta ao relatório apresentado pela Polícia Federal (PF) de que Temer comandaria organização criminosa formada por integrantes do PMDB da Câmara, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou nesta terça-feira (12) uma nota em defesa do presidente da República. O texto acusa, sem citar nomes, que “facínoras roubam do país a verdade” e que “bandidos constroem versões” em busca de imunidade ou perdão de crimes.

Para o advogado e professor de direito penal Marcelo Lebre, o que deve ser observado é que os áudios basearam uma denúncia contra o presidente da República, ainda que o conteúdo das gravações tenha sua veracidade questionada.

“A acusação se sustentou preponderantemente nos áudios que os irmãos Batistas trouxeram a conhecimento das autoridades. A partir do momento em que esses áudios sustentam uma investigação criminal e até o oferecimento de uma denúncia contra quem quer que seja, seja presidente da República ou não, a valoração dada para aquele conteúdo é de alto peso, é algo relevante”.

Na investigação, a PF constatou indícios de formação de organização criminosa envolvendo integrantes do grupo conhecido como "PMDB da Câmara". De acordo com as investigações, além de Temer, fazem parte da suposta quadrilha os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil), os ex-deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).

 

Reportagem, Tácido Rodrigues

 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.