Data de publicação: 03 de Abril de 2017, 00:41h
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LOC: Mais de três mil casos suspeitos de Dengue, mais de dois mil de Chikungunya e 600 de Zika. Esses são os números da Bahia até a décima semana de levantamentos de casos da Secretaria Estadual de Saúde. Márcia São Pedro é coordenadora da Direção de Vigilância Epidemiológica da Bahia. De acordo com ela, parte desse cenário preocupante está ligada à falta de conscientização da população. Permitindo o nascimento do mosquito, que transmite as três doenças, as chances de uma epidemia são grandes. Márcia relata qual outro ponto traz preocupação para as autoridades.
TEC/SONORA: Márcia São Pedro, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Bahia.
“São os reservatórios de água. As visitas são feitas pelos agentes em domicílio, que passam de cômodo em cômodo procurando os reservatórios com larvas. Onde eles encontram muito, normalmente, são nos reservatórios de água, porque muitas vezes estão abertos. E isso tem muito a ver com os municípios. Os municípios que armazenam muita água em casa, aqueles reservatórios podem não ficar cobertos o tempo todo. A dona de casa vai lá, tira a água, enche o balde, uma bacia e esquece aberto, entendeu?”
LOC: Maria Joana Damásio, moradora de Salvador, acabou conhecendo uma das piores consequências das doenças transmitidas pelo mosquito. No final de 2015, depois de ser infectada pelo Zika durante a gravidez, Maria deu a luz uma filha com microcefalia, doença que afeta o desenvolvimento do cérebro da criança. Após o episódio, em meio a dúvidas, medos e em busca de apoio, Maria criou a ONG “Abraço a Microcefalia”, que reúne pais na mesma situação. Ela detalha o que sentiu e como descobriu a má formação da criança.
TEC/SONORA: Maria Joana Damásia, moradora de Salvador e criadora da ONG “Abraço a Microcefalia”
“Foi até sutil a Zika que eu tive, porque foram algumas manchas no corpo, um pouco de febre, mas não deixei de trabalhar nem de fazer nada. Levei minha vida normal. Ninguém ventilou a possibilidade da Zika passar pela placenta e atingir o bebê, então segui a minha gravidez de forma tranquila. No segundo ultrassom morfológico, foi que nós conseguimos constatar que a cabeça estava reduzida, não estava crescendo de acordo com a curva.”
LOC: Em todo o estado, mais de 8 mil agentes trabalham nas ruas, realizando visitas às casas e informando a população sobre os métodos de prevenção. Para saber mais sobre os sintomas das três doenças, acesse: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.
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