BAHIA: Itararé, Ituberá, Jaguaquara, Ubatã e Valença estão abaixo da meta de vacinação contra o HPV

Municípios não alcançaram a meta de vacinação de 75 por cento das meninas entre 11 e 13 anos de idade.

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REPÓRTER: Os municípios baianos de Itacaré, Ituberá, Jaguaquara, Ubatã e Valença não alcançaram a meta de vacinação contra o HPV, segundo o Ministério da Saúde. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, que é a quarta doença que mais mata mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Os cinco municípios têm a meta de imunizar no mínimo 75 por cento das meninas entre 11 e 13 anos de idade na segunda fase da campanha de vacinação contra o HPV. Em Itacaré, por exemplo, apenas seis por cento das garotas foram vacinadas. A situação é bem semelhante no município vizinho, Valença. Apenas sete por cento das adolescentes tomaram a vacina. O município de Ituberá também está com baixo índice de imunização. Apenas sete por cento das meninas tomaram a vacina. Mas a agente de Saúde de Ituberá, Isabel Alves, contribuiu para aumentar este número. A agente de Saúde conta que levou sua filha para se vacinar, pois já teve casos de câncer do colo do útero em sua família.

SONORA: Agente de Saúde, Isabel Alves.
 
“Eu já trabalho na saúde e eu sabia o quanto é importante a vacina, que previne contra o câncer do colo do útero. Na minha família eu já tive um caso e tenho muito medo. Se eu pudesse tomar, eu tomaria para evitar por esse motivo também, pois já tenho trauma na minha família. Quando eu ouvi falar na vacina contra o HPV, e já tinha uma filha nessa idade e corri logo para vacinar minha filha por medo também e a importância da vacina”. 
 
REPÓRTER: O município de Ubatã está com índice de vacinação contra o HPV um pouco acima dos municípios vizinhos. 26 por cento das garotas tomaram a imunização. O índice de vacinação está em 23 por cento no município vizinho, Jaguaquara. A Coordenadora do Plano Nacional de Imunização de Jaguaquara, Márcia Ribeiro, conta que a baixa procura pela vacina é devido aos afeitos adversos em algumas garotas.
 
SONORA: Coordenadora do Plano Nacional de Imunização, Márcia Ribeiro.
 
“Eu creio que seja depois que houve algumas meninas tiveram reações adversas a essa vacina e aí aconteceu de das mães não levarem essas adolescentes para tomarem a segunda dose. Algumas disseram que se sentiram mal ao tomar e desmaiaram. E aí acabou que elas não retornaram. Geralmente a gente vê isso muito de não quererem tomar a vacina e terem medo”.
 
REPÓRTER: As meninas de Itacaré, Ituberá, Jaguaquara, Ubatã e Valença precisam ficar atentas às três fases da campanha de vacinação contra o vírus HPV. O Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica a importância das três doses da vacina.
 
SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
 
"A imunização ela é dada por uma vacina oferecida em três doses, e as três doses são importantes. Então ela é iniciada em meninas aos onze anos de idade. Nós estamos iniciando com meninas de onze a treze anos de idade justamente para alcançar aquelas que já completaram onze anos há mais tempo. Então neste momento da introdução da vacina, isso é um calendário um pouco estendido, porque no futuro nós manteremos apenas a primeira dose aos onze anos de idade. Depois de tomar a primeira dose, ela recebe uma segunda dose de reforço. A dose única ela não é eficaz para produzir a proteção contra o HPV, por isso as duas doses, e uma terceira dose cinco anos depois”.
 
REPÓRTER: Os 51 postos de saúde dos cinco municípios funcionam de segunda a sexta-feira, de oito da manhã às cinco da tarde. As adolescentes devem levar o cartão de vacinação ou um documento de identidade.
 
Com colaboração de Guilherme Pesqueira, reportagem Henrique Carmo

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