AMAZONAS: Meninas de 11 a 13 anos devem tomar a segunda dose contra o HPV

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REPÓRTER: A vacinação para a segunda dose da vacina contra o HPV continua em todo o Brasil. As meninas de 11 a 13 anos de idade precisam procurar uma das 35 mil Unidades Básicas de Saúde em todo o país e se vacinar contra o vírus que causa o câncer do colo do útero. Apesar do sucesso da vacinação na primeira fase, nesta segunda fase o número de meninas vacinadas está abaixo do necessário. É bom lembrar que não adianta nada tomar a primeira dose e não tomar a segunda. A adolescente indígena da aldeia Tenharim, próxima à cidade de Humaitá, Amazonas, Pia Márcia Tenharim, têm 12 anos e tomou a primeira dose da vacina. Para a menina, a prevenção contra o HPV é tão importante que ela viajou uma hora e meia para tomar a vacina e agora aguarda a equipe de saúde para a segunda dose.
 
SONORA: Pia Márcia Tenharim cidade de Humaitá 12 anos
 
“A enfermeira sempre leva para a aldeia aí eu tomei a primeira dose. Assim que tiver a segunda dose, com certeza eu vou tomar de novo. Não tem nada de dor não. A enfermeira me levou de carro para tomar essa vacina, uma hora e meia daqui de Humaitá até a aldeia. Desde já, dos 12 anos, tem se prevenir. A enfermeira me explicou que é pra proteger o corpo da gente para não pegar essa doença. Eu acho que é importante tomar essa vacina aí. Eu acho que futuramente, com certeza, vai salvar esse monte de mulheres.”
 
REPÓRTER: Por ano, o Estado do Amazonas registra cerca de 500 casos de câncer do colo do útero. No estado, desde 2012 as meninas de 11 a 13 anos tomam vacina contra o vírus HPV para prevenir contra o câncer do colo de útero. O secretário de saúde do Amazonas, Wilson Alicrim, explica que a estratégia é começar a vacinação mais cedo e nas escolas.
 
 SONORA: secretário de saúde do Estado do Amazonas – Wilson Alicrim
 
“O Amazonas é a parte do Brasil que tem o maior número de pacientes com doença de câncer do colo do útero. Especificamente aqui no Amazonas, o número de mulheres que adoecem do câncer do colo do útero se aproxima de 500 a cada ano. Essas mulheres morrem como se fosse silenciosamente. Por causa disso o Amazonas já vinha vacinando as meninas de 11, 12 e 13 anos contra o HPV desde 2012. Por isso, nós usamos a estratégia de fazer a abordagem pelas escolas e conseguimos envolver também as igrejas nos mais diversos credos religiosos. No caso da vacinação nas áreas indígenas há uma logística um pouco mais difícil, mas não se torna impossível de fazê-la e a mobilização aumentando, nós vamos conseguir mais adesão à vacina.”
 
REPÓRTER: O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, fala da importância de vacinar meninas de 11 a 13 anos contra o vírus HPV, lembrando que com isso esta poderá ser a primeira geração de mulheres livre das mortes por câncer do colo do útero.
 
SONORA: secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa
 
“Essa geração que está sendo vacinada contra o HPV, combinando a vacina contra o HPV com o exame Papanicolau a partir dos 25 anos, pode ser a primeira geração livre de mortes por câncer do colo do útero, por isso, as famílias não devem perder essa oportunidade e não devem dar ouvidos a boatos que não têm nem comprovação no Brasil, nem em qualquer lugar do mundo. Essa vacina era uma vacina cara, que antes de ser incorporada pelo SUS, que só meninas ricas tinham acesso. Hoje, qualquer menina do nosso país pode estar protegida contra o câncer do colo do útero. Por isso é importante que as meninas que tomaram a primeira dose, tomem a segunda. A proteção só está completa quando ela toma a segunda dose e cinco anos depois, ela toma o reforço.”
 
REPÓRTER: As meninas entre 11 e 13 anos que não tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV precisam procurar uma Unidade Básica de Saúde, pois não adianta nada tomar a primeira dose e não tomar a segunda. Quem ainda não tomou a primeira dose e tem entre 11 e 13 anos também precisa se vacinar.  
 

 

Reportagem, Diane Lourenço

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