Data de publicação: 25 de Novembro de 2016, 23:50h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC: Bicampeão na luta contra a Dengue. É assim que Fábio Maciel é conhecido pelos amigos. Engraçado o apelido, né? Mas o professor de História, de 32 anos, é chamado desse jeito porque já foi picado duas vezes pelo mosquito que é o transmissor também do vírus Zika e da febre Chikungunya, e ficou muito doente. Ele mora em Macapá e pegou Dengue no Buritizal, onde mora com sua mãe. Agora, Fábio espera não passar por isso de novo. Principalmente porque a segunda vez foi muito pior que a primeira.
TEC/SONORA: Fábio Maciel, professor de História
“Na segunda vez eu estava me divertindo em uma festa. E eu acredito que, enquanto eu estava me divertindo na festa, começou a me dar calafrios à noite, no meio da festa. Todo mundo se divertindo e eu com frio. Eu fui para casa. Na segunda vez eu já fui parar no hospital e tive que ficar uma noite no hospital, tomando soro. Na segunda vez me deu muito mais fraqueza do que na primeira vez. Na primeira vez eu não tive tanta fraqueza. Eu tive mais dor de cabeça e dores nas articulações. Na segunda vez eu tive muita fraqueza, porque eu fiquei muito debilitado. Muito mesmo. E aí deu tudo certo de novo. Meus amigos dizem que eu sou bicampeão na Dengue.”
LOC: Pois é, minha gente, de acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, existem cerca de mil e 600 pessoas que provavelmente estão com Dengue aqui no Amapá. Complicado, né? Esse mosquito faz um estrago por onde passa. E a gente não está falando só da Dengue. Os dados mostram que 548 pessoas provavelmente estão com febre Chikungunya e 339 estão com o vírus Zika.
Mas por que será que é tão difícil acabar com esse mosquito? O coordenador do Programa de Combate às Endemias do Município de Macapá, Kilder Soares, conta para a gente.
TEC/SONORA: Kilder Soares, coordenador do Programa de Combate às Endemias do município de Macapá
“A deficiência da alimentação da rede de águas. O pessoal armazena muita água em caixa d’água, em baldes. Isso atrapalha muito nosso serviço. Porque tem muitos terrenos aí que são de difícil acesso também. É um complicador. Muitas valas, muita fossa aberta. Então é muito complicado para a gente conseguir controlar.”
LOC: É, pessoal. Todo mundo já está cansado de saber que é perigoso deixar água parada em casa, né? Mas não é todo mundo que se lembra de fazer uma limpeza e manter os reservatórios bem fechados. Fábio Maciel suspeita que foi por causa de um vizinho que deixou um terreno baldio acumulando água parada, que ele ficou doente duas vezes. Ele lembra que, para que outras pessoas não passem por isso, todo mundo tem que fazer sua parte.
TEC/SONORA: Fábio Maciel, professor de história
“Não deixar água parada, sempre virar as garrafas, não deixar água parada em pneus. Eu acho que se todo mundo fizer um pouco a sua parte, eu acho que a gente tem muito a ganhar. Não adianta eu, Fábio, fazer aqui na minha casa, se o meu vizinho como aqui na minha rua, tem um terreno baldio não limpo. Não cumpre com a parte dele. Aí fica bem difícil. Mas eu acredito que a população mesmo está mudando o seu pensamento. Eu acho que a gente unido a gente pode combater o mosquito, a gente é mais forte que esse mosquito.”
LOC: O Fábio tem toda a razão, né gente? Por isso, vamos lembrar sempre de separar uns 15 minutinhos por semana para limpar nossas casas e não deixar nenhum foco de água parada. Fazendo isso, a gente protege a nossa família e também os nossos vizinhos. E não se preocupe. Se você ainda tem alguma dúvida sobre o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, e que saber mais sobre como se prevenir, é só acessar o site:
saude.gov.br/combateaedes.