AMAPÁ: Hemoap precisa de doações de sangue “O” negativo, “O” positivo e “A” positivo

A média de doações por dia caiu de 60 para 20. 

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LOC.: O estoque de sangue do Hemocentro do Amapá sofreu uma queda no mês de maio. A média de doações por dia caiu de 60 para 20. Segundo o diretor Sávio Guerreiro, uma campanha teve de ser feita nas redes sociais para convocar doadores. Mesmo assim, os estoques de sangue “O” negativo, “O” positivo e “A” positivo ainda estão abaixo do recomendado. O Hemoap atende as demandas dos hospitais públicos e particulares do estado.
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TEC./SONORA: Sávio Guerreiro, diretor do Hemocentro do Amapá.


“Nós precisamos desse afluxo de doadores permanente nesta faixa de 70 a 100 doadores, que seria o ideal para nós todos os dias para que possamos atender a demanda da população. E a gente não deixa de insistir em esclarecer aos pacientes que vão fazer cirurgia eletiva, que eles podem fazer a autodoação. Ele pode doar para si próprio, e essa bolsa fica reservada exclusivamente pra ele.”

LOC.: Doadora assídua do Hemoap, a comerciante Vera Lúcia, de 53 anos, casada, mãe de três filhos, conta que doou sangue pela primeira vez há 24 anos. Na época, a irmã dela iria fazer uma cirurgia na mama para retirar um tumor e precisava de doação. Depois, o sobrinho teve leucemia e também precisou receber sangue. A família teve dificuldades para conseguir doadores. Diante dessa situação, ela decidiu fazer doações com frequência e hoje faz parte do grupo de Fenotipados do Hemocentro. Vera agora é doadora de sangue para pacientes que possuem os mesmos componentes e características sanguíneas iguais a ela e que realizam transfusão todo mês.

TEC./SONORA: Vera Lúcia de Freitas, comerciante.


“Quando essas pessoas necessitam do meu sangue, o Hemoap liga pra mim e eu vou fazer essa doação. É uma forma de oferecer o mínimo que a gente tem. Uma coisa que é de graça pra gente, o sangue. E se Deus nos deu a oportunidade de ajudar as outras pessoas, porque não ajudar. Eu penso desse jeito. É uma forma de amor mesmo, de amor ao próximo.”

LOC.: O fiscal da vigilância sanitária Lindoval Pereira, de 41 anos, casado e pai de uma menina, sabe bem o que é depender de doação de sangue. Ele é hemofílico, doença que compromete a coagulação do sangue e provoca hemorragias. O fiscal nunca fez transfusão, mas precisa ir ao hemocentro três vezes por semana para tomar o medicamento, que é derivado do sangue. Da infância regrada, ele lembra que não podia fazer coisas simples, como jogar bola com os amigos por conta dos sangramentos. A doença também o obrigava a faltar aulas e assim acabou reprovado em algumas séries. Desse tempo, ele guarda sequelas. Uma perna ficou mais curta que a outra. Mas, hoje, comemora os avanços no tratamento da doença e evita excessos.

TEC./SONORA: Lindoval Pereira, fiscal da vigilância sanitária.


“O nosso medicamento deriva do sangue, então, nós necessitamos desse apoio de sangue via hemocentro quase todos os dias. Antes, o hemofílico sangrava para receber a medicação. Agora, ele toma o medicamento que é para evitar o sangramento. Nesse sentido, melhorou bastante para a gente poder fazer as nossas atividades, trabalhar e estudar. A profilaxia é uma determinação do Ministério da Saúde.”

LOC.: Para se tornar doador de sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos e estar bem de saúde. Doe sangue regularmente e ajude a quem precisa!

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