ALAGOA NOVA (PB): Profissional de saúde mobiliza município para vacinação contra o HPV

ALAGOA NOVA (PB): Profissional de saúde mobiliza município para vacinação contra o HPV

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REPÓRTER: Milena Rufino é a coordenadora de Epidemiologia do município de Alagoa Nova, na Paraíba. Ela percebeu que as jovens tinham dúvidas sobre a vacina que combate o HPV e o câncer de colo de útero, e decidiu então implantar uma metodologia diferente para responder as perguntas das meninas sem que elas precisassem se identificar.

SONORA: coordenadora de Epidemiologia de Alagoa Nova (PB) – Milena Rufino

"A gente põe uma caixa nas escolas quando vai ser realizada alguma palestra. A pessoa põe a sua pergunta lá e não é obrigado se identificar. Pergunta em relação a uma DST, ao HPV, ou até a parte sexual mesmo, e a gente responde. Nós notamos que depois dessa caixa eles participaram mais, porque o fato deles não terem que ficar perguntando na frente de todo mundo a palestra fluiu bem melhor, porque a gente explica depois abre para as perguntas das caixas. Nós estamos vendo que já está partindo mais deles e a gente não está mais naquela buscativa rigorosa."

REPÓRTER: Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a iniciativa de Milena Rufino deve servir de exemplo para todos os municípios na hora de divulgar a vacina contra o HPV, para combater o câncer de colo de útero, que deve ser aplicada em todas as meninas entre 11 e 13 anos. .

SONORA: coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde – Carla Domingues

"O trabalho da Milena, na Paraíba, está sendo fundamental para que as adolescentes possam aderir à campanha de vacinação, principalmente na segunda dose. Porque o adolescente, muitas vezes, pode ter vergonha de fazer a pergunta publicamente. Nessa estratégia, ela vai explicando e socializando as discussões, os mitos, as verdades, a importância da vacinação. E, dessa forma, o adolescente é esclarecido e socializa o conhecimento. Fazendo com que os adolescentes tenham uma maior adesão à campanha de vacinação."

REPÓRTER: A primeira dose da vacina foi dada em março. A segunda dose começou a ser aplicada em setembro e continua sendo oferecida às meninas que têm entre 11 e 13 anos. Ainda será necessária a terceira dose, que deverá ser aplicada cinco anos depois da primeira, ou seja, em março de 2019. A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, lembra que é fundamental  que as meninas tomem as três doses da vacina contra o HPV para garantir a proteção contra o câncer do colo do útero.

SONORA: coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde – Carla Domingues

"É importante lembrar que as meninas só estarão protegidas se elas tomarem essa dose, porque só dessa forma elas terão anticorpos suficientes para proteger contra o câncer do colo uterino, uma importante causa de mortalidade e câncer nas mulheres. Se a adolescente perder a vacinação no dia que for para a escola, ou se essa escola, neste momento, não estiver fazendo a campanha de vacinação no ambiente escolar, essa menina deve procurar um porto de saúde, sempre levando a caderneta de vacinação, para que se registre que ela já tomou a segunda dose."

REPÓRTER: O câncer do colo do útero mata atualmente 14 mulheres por dia no Brasil. As meninas com idade entre 11 e 13 anos, que receberem as três doses da vacina contra o HPV podem ser a primeira geração livre da doença. Para saber mais, acesse www.saude.gov.br

Reportagem, Diane Lourenço

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