Data de publicação: 04 de Dezembro de 2014, 22:00h
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REPÓRTER: Milena Rufino é a coordenadora de Epidemiologia do município de Alagoa Nova, na Paraíba. Ela percebeu que as jovens tinham dúvidas sobre a vacina que combate o HPV e o câncer de colo de útero, e decidiu então implantar uma metodologia diferente para responder as perguntas das meninas sem que elas precisassem se identificar.
SONORA: coordenadora de Epidemiologia de Alagoa Nova (PB) Milena Rufino
"A gente põe uma caixa nas escolas quando vai ser realizada alguma palestra. A pessoa põe a sua pergunta lá e não é obrigado se identificar. Pergunta em relação a uma DST, ao HPV, ou até a parte sexual mesmo, e a gente responde. Nós notamos que depois dessa caixa eles participaram mais, porque o fato deles não terem que ficar perguntando na frente de todo mundo a palestra fluiu bem melhor, porque a gente explica depois abre para as perguntas das caixas. Nós estamos vendo que já está partindo mais deles e a gente não está mais naquela buscativa rigorosa."
REPÓRTER: Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a iniciativa de Milena Rufino deve servir de exemplo para todos os municípios na hora de divulgar a vacina contra o HPV, para combater o câncer de colo de útero, que deve ser aplicada em todas as meninas entre 11 e 13 anos. .
SONORA: coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Carla Domingues
"O trabalho da Milena, na Paraíba, está sendo fundamental para que as adolescentes possam aderir à campanha de vacinação, principalmente na segunda dose. Porque o adolescente, muitas vezes, pode ter vergonha de fazer a pergunta publicamente. Nessa estratégia, ela vai explicando e socializando as discussões, os mitos, as verdades, a importância da vacinação. E, dessa forma, o adolescente é esclarecido e socializa o conhecimento. Fazendo com que os adolescentes tenham uma maior adesão à campanha de vacinação."
REPÓRTER: A primeira dose da vacina foi dada em março. A segunda dose começou a ser aplicada em setembro e continua sendo oferecida às meninas que têm entre 11 e 13 anos. Ainda será necessária a terceira dose, que deverá ser aplicada cinco anos depois da primeira, ou seja, em março de 2019. A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, lembra que é fundamental que as meninas tomem as três doses da vacina contra o HPV para garantir a proteção contra o câncer do colo do útero.
SONORA: coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Carla Domingues
"É importante lembrar que as meninas só estarão protegidas se elas tomarem essa dose, porque só dessa forma elas terão anticorpos suficientes para proteger contra o câncer do colo uterino, uma importante causa de mortalidade e câncer nas mulheres. Se a adolescente perder a vacinação no dia que for para a escola, ou se essa escola, neste momento, não estiver fazendo a campanha de vacinação no ambiente escolar, essa menina deve procurar um porto de saúde, sempre levando a caderneta de vacinação, para que se registre que ela já tomou a segunda dose."
REPÓRTER: O câncer do colo do útero mata atualmente 14 mulheres por dia no Brasil. As meninas com idade entre 11 e 13 anos, que receberem as três doses da vacina contra o HPV podem ser a primeira geração livre da doença. Para saber mais, acesse www.saude.gov.br
Reportagem, Diane Lourenço
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