ADOÇÃO: CNJ lança novo Cadastro Nacional de Adoção

A nova versão do Cadastro Nacional de Adoção, o CNA, elaborado pela Corregedoria Nacional de Justiça, foi apresentada nesta terça-feira, dia 12.

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REPÓRTER: Bruna Mendes, nome fictício da personagem, de 15 anos de idade, foi adotada ainda nos primeiros dias de vida. Bruna destaca que sofreu discriminação no colégio por ser uma criança adotada, mas seus pais adotivos nunca deixaram faltar nada a ela.
 
SONORA: Bruna Mendes.
 
Eu fui adotada quando eu tinha quarenta e cinco dias. Tudo pegou pelo fato de minha mãe biológica ser empregada doméstica. Então, muitas pessoas criticaram meus pais por terem feito isso. Passei por uma barra difícil no colégio quando era novinha, as crianças não gostavam de mim, me excluíam, você não vai brincar comigo, porque você é adotada. Eu tenho meus pais, que graças a Deus, me escolheram nunca, nunca me deixaram faltar nada, sempre me deram muito amor, muito.”
 
REPÓRTER: A nova versão do Cadastro Nacional de Adoção, o CNA, elaborado pela Corregedoria Nacional de Justiça, foi apresentada nesta terça-feira, dia 12, na abertura da sessão plenária do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, em Brasilia.  As mudanças foram anunciadas pela ministra corregedora Nancy Andrighi e têm a intenção de tornar o cadastro mais moderno, simplificado e proativo, o que facilita o preenchimento pelo juiz e o cruzamento de dados entre os pretendentes e as crianças de todo o Brasil.  As pessoas interessadas em realizar uma adoção podem visitar os abrigos e conhecer de perto a realidade das crianças que se encontram acolhidas, como ressalta o juiz da 1° vara da Infância e Juventude de Belém, Alessandro Ozanan.  
 
SONORA: Juiz da 1° vara da Infância de Juventude Alessandro Ozanan.
 
Esse é um momento assim muito importante para o judiciário em esta dando um olhar mais especial para estes procedimentos no sentindo de imprimir celeridade e também estar chamando a população a conhecer a realidade das crianças que se acham acolhidas institucionalmente”. 
 
REPÓRTER: Segundo o Cadastro Nacional de Adoção, existem hoje em seus registros mais de trinta mil pretendentes e mais de cinco mil crianças em busca de uma nova família. Adotar uma criança é ter a vida transformada, como relata a servidora do Tribunal de Justiça do Pará, Lilian Brasil.

SONORA: Servidora do TJPA, Lilian Brasil.
 
“Falar sobre adoção é falar sobre a minha filha, sobre a minha vida, de como mudou desde que ela entrou na minha vida. Isso de certa forma me causa muita emoção porque eu era de uma forma e quando ela chegou eu me modifiquei”
 
REPÓRTER: O novo Cadastro Nacional de Adoção vai permitir que o juiz seja informado, assim que preencher o cadastro de uma criança, sobre a existência de pretendentes na fila de adoção em busca daquele tipo de perfil. De acordo com dados do Poder Judiciário do Pará, em todas as comarcas do Estado, estão em andamento mais de dez mil processos relacionados à adoção. Outras informações pelo telefone da Coordenadoria de Infância e Juventude, zero, código da operadora, 91 3205 – 2716 e também pelo e-mail do Cadastro Nacional de Adoção, cna@cnj.gov.br .
 

Reportagem, Storni Jr.

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