ABADIÂNIA (GO): Mitos relacionados à vacina contra HPV tem afastado meninas dos postos de saúde

Apenas 8% das meninas entre 11 e 13 anos tomaram segunda dose da vacina contra HPV, no município

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REPÓRTER: Apesar da boa divulgação, a segunda fase da campanha contra o HPV, em Abadiânia, não cumpriu a meta de meninas imunizadas. O município vacinou apenas oito por cento das adolescentes. A recomendação do Ministério da Saúde é de que, pelo menos 80 por cento das meninas de 11 a 13 anos de idade, fossem vacinadas. Segundo a coordenadora da área de imunização da cidade, Aline Gonçalves da Silva, várias questões afastaram as jovens da vacina, mas a questão religiosa foi a que mais influenciou a população local. A enfermeira enfatiza que por vacinar meninas de 11 a 13 anos, os pais têm medo que a vacina incentive o inicio da vida sexual.
 
SONORA: Enfermeira, Aline Gonçalves da Silva
 
“Olha, eu acho que foi por uma série de fatores, tanto por ser uma vacina nova, assim por medo dos pais por questões sociais, mesmo até religiosas. Muitas pessoas disseram que por motivos religiosos não iriam vacinar os seus filhos, a gente tenta orientar que não tem nada a ver com questões religiosas, nem com o ato sexual, que é o que muitos alegam que isso é um incentivo a pratica de relação sexual muito cedo, por vacinar crianças de 11 anos.”  
 
REPÓRTER: A vacina é aplicada em meninas de 11 a 13 anos, por ser a faixa etária onde a imunização será mais completa e segura. É o que explica o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
 
SONORA: Diretor, Cláudio Maierovitch
 
"Se nós elegêssemos uma idade maior para o início da vacinação, provavelmente nós vacinaríamos muitas jovens que já tiveram contato com o vírus. Então a maneira de tornar melhor o aproveitamento da vacina, ou seja, alcançar uma quantidade maior de meninas, que terão um efeito benéfico da vacina, é utilizando aos 11 anos de idade."
 
REPÓRTER: Para tomar a segunda dose da vacina contra o HPV, a adolescente não precisa está acompanhada dos responsáveis. Basta ir ao posto de saúde mais próximo de casa com o cartão de vacina ou um documento de identidade.

Reportagem, Henrique Carmo 

 

 

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