Os moradores de Vitória devem ficar atentos, especialmente os que tiverem reservatório de água em casa. Se mal cuidado, esses depósitos viram pontos de infestação do mosquito da Dengue. Clara Scarpati, coordenadora do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental de Vitória, explica que, devido à seca que Espírito Santo vem enfrentando, muitos moradores começaram a contar com armazenamento próprio de água e, por isso, além dos ralos e vasos de plantas, esses pontos têm se tornado, com frequência, um criadouro de mosquitos. E é por isso que, segundo a especialista, as secretarias de Saúde e Educação têm trabalhado lado a lado na conscientização da população. Clara considera que essa força-tarefa está trazendo resultados.
ÁUDIO: Acesse a versão desta notícia para emissoras de rádio.
“A gente percebeu que em 2017 houve uma redução no número de casos de Dengue e de Zika. De Chikungunya a gente teve um pequeno aumento no meio do ano, mas logo em seguida também reduziu. Então a gente acredita que, somado a vários fatores: tem o fator ambiental, tem o fator climático, tem a questão da exposição do depósito, então a gente acredita que as atitudes também fizeram parte desse cenário. A gente acredita que, por conta dessas várias mobilizações, a gente tem, de alguma forma, atingido a população de uma forma positiva e isso deve ter contribuído pra esse menor número de casos dessas doenças aqui no município”, comenta.
Atenção aos sintomas

Apesar do número de casos ter diminuído na capital, a população não pode relaxar. Em 2017, o estado registrou um aumento de 70% nos casos de Chikungunya, doença transmitida pelo mesmo mosquito que transmite a Dengue.
A assistente administrativa Daniela Oliveira Silva, de 40 anos, foi diagnosticada com Dengue há alguns anos. Casada e mãe de duas crianças, a moradora do Bairro Santa Marta, em Vitória, só percebeu que estava com a doença após ter um desmaio ao levantar da cama. Ela conta que sentiu muita fraqueza, dor nos olhos e coceira.
Depois dessa experiência, Daniela afirma que ficou mais atenta aos cuidados que deve tomar para evitar focos do mosquito dentro de casa.
“Eu sempre cuidei. E agora, ainda mais, por conta das crianças, né? Depois que você sente aquilo de você não conseguir nem ficar em pé e a dor que você sente no corpo, que eu senti, a gente não quer que os filhos sintam a mesma coisa. Então eu passei a cuidar muito mais”, desabafa.
Para vencer essas doenças, todo mundo tem que colaborar. Essa é uma luta de todos os brasileiros. Participe também e lembre-se de que um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você.
Para mais informações sobre o assunto, acesse: saude.gov.br/combateaedes.
#combateaedes