Data de publicação: 01 de Dezembro de 2015, 03:13h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG)
LOC: Teixeira de Freitas tem um grande desafio de vacinar cerca de quatro mil meninas com idades entre 9 e 13 anos contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV.A vacina contra esse vírus é disponibilizada nas Unidades Básicas de Saúde do SUS da cidade e previne o surgimento de um futuro câncer de colo de útero, doença que deve atingir mais de mil e cem mulheres neste ano, apenas na Bahia, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer, o Inca. E para livrar as futuras mulheres de Teixeira de Freitas desse mal, as equipes de saúde estão em mobilização para aplicar a segunda dose da vacina. No entanto, o município tem o desafio de superar a cobertura vacinal registrada na primeira etapa da vacinação, quando apenas 43 por cento das jovens receberam a vacina, índice muito abaixo da meta de 80% de garotas vacinadas, estipulado pelo Ministério da Saúde. A enfermeira da vigilância epidemiológica e coordenadora da imunização da cidade, Valéria Ferreira explica a situação da campanha de vacinação no município.
TEC: Enfermeira da vigilância epidemiológica e coordenadora da imunização do município de Teixeira de Freitas, Valéria Ferreira.
“Até o momento, nós vacinamos aproximadamente 1.700 meninas na idade de 9 a 13 anos com a primeira dose da vacina HPV. Nossa meta total seria de 3.914 meninas, ou seja, nós alcançamos 43,7% dessas meninas. No início com a nossa estratégia de ir até as escolas públicas e também às escolas particulares, a vacinação foi mais intensa, no entanto, com o passar do tempo nós percebemos que a busca por essa vacina vai diminuindo. Então um alerta para os pais para que levem suas filhas de 9 até 13 anos que ainda não tomaram a vacina, lembrando também da segunda dose.”
LOC: Para a segunda etapa da vacinação, segundo Valéria, o município vai tentar viabilizar a vacinação nas escolas, ou pelo menos um lembrete para os pais procurarem os postos de saúde. Em Teixeira de Freitas, são 30 Unidades Básicas de Saúde, sendo que três delas ficam nas zonas rurais de Santo Antônio, Duque de Caxias e Cachoeira do Mato – todas estão equipadas com a vacina contra o HPV. Procure um posto de saúde mais próximo de você. Caso você more nos bairros Santo Antônio e Teixeirinha procure a unidade de saúde desses bairros. Em São Lourenço, por exemplo, há cinco postos de saúde. Para tentar atender toda a população, a vacina está sendo distribuída em todo o município. No entanto, de acordo com Valéria Ferreira a procura pela vacina ainda é pequena.
TEC: Enfermeira da vigilância epidemiológica e coordenadora da imunização do município de Teixeira de Freitas, Valéria Ferreira.
“É, infelizmente existe alguma resistência por parte dos pais. Mas, na verdade eu acho que o que existe é o pensamento equivocado de que a doença, ou seja, HPV, em consequente o colo de câncer de útero, ainda é algo distante da vida dessas adolescentes. Então, muitas vezes para os pais e as meninas não é algo palpável, elas ainda sentem distantes dessa doença, desses acontecimentos. Acho que isso é uma das coisas que faz com que a procura não seja tão grande como nós gostaríamos que fosse.”
TEC: Sobe e Desce (BG).
LOC: Daiana Meireles é técnica de enfermagem e trabalha na sala de vacina do posto de saúde São Lourenço. Ela cuida da saúde das pessoas do município de Teixeira de Freitas. Daiana sabe da importância da vacina para prevenção de um possível câncer no futuro, e por isso, ela levou a filha Sibele para receber as duas primeiras doses da proteção. Elas moram no bairro da Urbis e, hoje, com 14 anos, só falta à última dose – de reforço – para a Sibele complete todo o esquema de vacinação. Daiana garante que vai levar a filha para tomar a última dose. De acordo com ela, o processo de vacinação dói um pouquinho, mas tudo ocorreu bem.
TEC: Daiana Meireles, personagem.
“Ela reclamou que só que depois doeu um pouco o braço, mas uma dor normal, acredito que seja normal de qualquer administração de vacina, mas não falou nada demais, não teve nenhum reação, não teve febre, não teve nada assim que fosse preocupante não.”
TEC: Sobe e Desce (BG).
LOC: Daiana afirma que a vacina é o principal meio de prevenção contra o câncer do colo do útero.
TEC: Daiana Meireles, personagem.
“Essa vacina é bem tranquila. Apesar de causar uma pequena reação no local da aplicação, que é a dor muscular na reação da vacina, não causa nenhum dano à saúde das crianças, muito pelo contrário, ela vai ajudar a prevenir as adolescentes contra o câncer de colo de útero que quanto mais nova elas tomarem a prevenção ela é mais eficaz”.
LOC: A vacina contra HPV foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).
