SAÚDE: Pernambucana conta dificuldades na criação de um bebê com microcefalia

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LOC: Foi aos três meses de gravidez que Germana Soaresdescobriu que estava com Zika. Quando teve a doença, a pernambucana não sabia que o pequeno Guilherme nasceria com microcefalia.
Durante a gravidez, tudo parecia certo. Germana fez todo o pré-natal recomendado para garantir a saúde do bebê. Foi só depois do nascimento de Guilherme, que ela descobriu a má-formação no cérebro do bebê. Guilherme ficou internado durante nove dias. Germana conta como a vida mudou após o nascimento do bebê, 
TEC/SONORA: Germana Soares, 25 anos, dona de casa
“Quando uma criança vem com deficiência para uma família, ela vem para ensinar algo. Nada é em vão, para tudo existe um propósito. Lógico que é muito difícil nosso dia a dia, a rotina. Eu parei de trabalhar para poder acompanhar, dar a assistência que o Guilherme merecia, que precisava. Porque eu não posso adiar a estimulação dele para daqui um ano, dois anos, tem que ser agora.”
 LOC: Guilherme tem problemas respiratórios e de locomoção que precisam de medicamentos muito caros para serem tratados. Ele também faz fisioterapia, fisioterapia ocupacional, fonoaudiologia, hidroterapia e natação. Tudo isso para estimular seu desenvolvimento e ajudar a reduzir os espasmos pulmonares que ele tem. Para Germana, não é uma rotina fácil, mas a dona de casa segue lutando de cabeça erguida.
  
TEC/SONORA: Germana Soares, 25 anos, dona de casa
“É um susto. Porque ninguém espera, ninguém deseja ter um filho com deficiência, a gente chora porque não era aquilo que você queria, você fica angustiada. Mas quando você sai daquele cenário de ‘cotidianismo’, de solidão e encara a realidade com coragem, com vontade de trazer um futuro adequado para seu filho, você sai daquele cenário e decide enfrentar a vida de cabeça erguida. Eu consegui transformar a dor em vontade ver meu filho vencer.” 

LOC: O preconceito é uma das principais barreiras que as mães das crianças com microcefalia encontram. Germana conta que teve que mudar de postura após receber o diagnóstico de Guilherme, mas que isso nem sempre foi uma tarefa fácil.
TEC/SONORA: Germana Soares, 25 anos, dona de casa
“Quando a gente soube do diagnóstico do Guilherme, eu e o pai dele, resolvemos esconder por três meses. Simplesmente por medo do preconceito. E a gente não entendia que o preconceito começava dentro da gente mesmo. Mas o medo de alguém olhar para ele com olhar de coitado, de pena. Porque é essa visão que a sociedade tem, que todo deficiente é doente.”
LOC: A história da Germana e do Guilherme é só uma entre as milhares de histórias de mães que tiveram bebês com microcefalia no Brasil por causa do Zika. De acordo com o Ministério da Saúde, até dezembro de 2016, já haviam sido registrados no país, mais de dois mil casos de bebês com a má formação no cérebro
A única forma de proteger as crianças e futuras mamães do Zika, é não deixando o mosquito nascer. Para fazer sua parte, basta eliminar qualquer recipiente que acumule água parada dentro de casa. Saiba mais, em: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal. 

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