SAÚDE: Ministério da Saúde confirma relação entre vírus zika e surto de microcefalia

Além da região Nordeste, foram notificados casos suspeitos no Centro-Oeste, Sudeste e Norte do país

 

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REPÓRTER: O ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus zika, transmitido pelo mosquito aedes aegypt, e o surto de microcefalia na região Nordeste. De acordo com o Instituto Evandro Chagas, foi identificada a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que faleceu no Ceará. A situação até agora não era conhecida pela pesquisa científica mundial, e as investigações sobre o tema vão permanecer para esclarecer como a transmissão afeta o organismo, a infecção do feto e qual é o período mais vulnerável para a gestante. Até agora, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez, de acordo com o ministério da Saúde. Os casos de morte pelo vírus Zika foram notificados pelo Instituto Evandro Chagas. As primeiras ligações de morte relacionada ao vírus, no mundo. Até o momento, foram notificados mil duzentos e 48 casos suspeitos em quatro, das cinco regiões brasileiras. O maior número se encontra no estado de Pernambuco, com 646 casos, seguido da Paraíba, com 248 casos e o Rio Grande do Norte, com 79. Além desses estados, ainda na região Nordeste, foram notificados 59 casos em Alagoas, 37 na Bahia e 25 no Ceará. Além de, 12 no Maranhão, 36 no Piauí e 77 em Sergipe. Na Região Centro-Oeste foram notificados quatro casos: um no Distrito Federal, dois em Goiás e um no Mato Grosso do Sul. Já na região Norte, o único estado que notificou suspeitas da doença foi Tocantins, com 12 casos. E na região Sudeste, apenas o Rio de Janeiro, notificou 13 casos suspeitos de microcefalia. De acordo com o ministério da Saúde, a doença não é algo novo. Mas na atual situação do país, o Brasil precisa continuar em estado de Emergência. O subsecretário de vigilância do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, afirma que o único meio de combater o vírus zika e o mosquito, é não deixá-lo nascer.
 
SONORA: Antônio Nardi, subsecretário de vigilância do Ministério da Saúde
 
“Embora estejamos nos debruçando em cima de pesquisas para elucidação desses casos, fazendo pesquisas de novas metodologias de combate e controle ao vetor mosquito aedes aegypt, que hoje comprovado, também transmite a tíade de doenças: dengue, chikungunya e zika vírus, nós, com todas as tecnologias apresentadas até agora, nenhuma delas se aplica – primeiro para uma situação de emergência de nível nacional, e segundo de comprovação de eficiência e eficácia ao zika vírus. Desta maneira, o único meio eficiente e eficaz de se controlar a dengue, de se combater o mosquito e o vetor, é não deixá-lo nascer.”
 
REPÓRTER: Uma vez que se trata de uma má-formação em que o cérebro do feto não se desenvolve da maneira certa. Os bebês com microcefalia nascem com um cérebro menor que o normal, que normalmente tem mais que 33 centímetros. É importante lembrar que o ministério da Saúde aconselha que as gestantes não interrompam o acompanhamento médico e as consultas de pré-natal e realizem todos os exames recomendados pelo médico. Não consumam bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas ou medicamentos sem orientação médica. Evitar o contato com pessoas com febre ou infecções. As gestantes precisam adotar medidas para reduzir a presença dos mosquitos transmissores de doenças, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, vestir calça e blusa de manga compridas e repelentes.

 

Reportagem, Sara Rodrigues

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