Data de publicação: 01 de Dezembro de 2015, 09:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG)
LOC: O município de Santa Luzia do Paurá tem um grande desafio até o fim do ano: vacinar todas as meninas com idades entre 9 e 13 anos contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV. A infecção por esse vírus é a principal responsável pelo câncer do colo do útero, doença que mata mais de cinco mil mulheres no Brasil, anualmente, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, Inca. Este ano o município só teve 17,82% das meninas da faixa etária vacinadas, segundo dados do Ministério da Saúde. Esse número coloca a cidade entre as localidades brasileiras que apresentam os números mais baixos em relação à meta de vacinação contra o HPV estabelecida pelo Ministério, que é de vacinar 80% dessas jovens. A coordenadora de imunização, Maria Moreira, informa que para vacinar mais jovens, as equipes da Saúde da Família vão fazer busca ativa em escolas e residências – essa estratégia rendeu bons resultados na vacinação do ano passado, segundo a gestora, quando foram vacinadas 93% das meninas do público-alvo.
TEC: Coordenadora de imunização do município de Santa Luzia do Paruá, Maria Moreira.
“O nosso município é coberto por PSF, o posto de saúde faz a lista dessas meninas de agora 9, de 9 a 13 anos e a gente vai nas escolas, quando a gente não consegue nas escolas, a gente bate de casa em casa junto com os agentes de saúde. Por isso a gente sempre consegue a meta”.
TEC: Sobe e Desce (BG).
LOC: A mãe Joana Cleia da Silva tem 32 anos e mora na região do centro do município. Ela se preocupa com a saúde das filhas Adrielly, de 11 anos, e da Andreina, 14 anos. Joana conta que assim que ficou sabendo da mobilização contra o HPV, levou as meninas para tomar a primeira dose da vacina.
TEC: Joana Cleia da Silva, personagem.
“Eu descobri através de uma vizinha minha que tinha levado para vacinar, ela me comunicou eu perguntei para que era e ela disse que era pra prevenir o câncer do colo de útero. Eu peguei as meninas e levei porque eu sei a importância que essa vacina é para elas, mesmo futuramente, tomando hoje previne mais na frente. Eu peguei as duas meninas minhas e levei.”
TEC: Sobe e Desce (BG).
LOC: Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é segura e é a melhor forma de prevenir que futuras mulheres tenham câncer do colo do útero. Adrielly tem 11 anos e tem um grande sonho. Tão nova e já atenta aos perigos do câncer de colo de útero, ela alerta que muitas vezes a doença impede a mulher de ter um filho.
TEC: Adrielly da Silva, personagem.
“Oi meninas, eu gostaria que vocês tomassem a vacina porque isso é câncer de útero e eu sei que vocês sonham em ter uma criança, todas nós sonhamos em ter uma criança. Ai eu peço a vocês que vocês se previnam, que vocês tomem a vacina e vamos lá e tomem a vacina que vai ajudar muito vocês.”
LOC: Não é preciso ter medo da vacina. O procedimento é rápido, apenas uma picadinha que dói na hora, mas protege para a vida toda. Adrielly conta o que achou da aplicação.
TEC: Adrielly da Silva, personagem.
“Nem dói muito, só dá uma furada e depois para na mesma hora”.
LOC: Além de atendimento nas casas e nas escolas, o município tem 9 PSF, Programa de Saúde da Família, onde tem cinco salas de vacina fixas de segunda a sexta. As meninas podem ser vacinadas no posto de saúde do Paruá, posto no bairro Monte Dourado, Alto do Abel, Vila Santo Estevão e também da sede do município. E também nas quatro unidades na zona rural onde tem atendimento uma vez na semana. O importante é que as adolescentes estejam protegidas do vírus HPV, como acrescenta Maria, coordenadora de imunização.
TEC: Coordenadora de imunização do município de Santa Luzia do Paruá, Maria Moreira.
“Olha, o que eu digo é o seguinte, que a partir do momento que nós estamos preocupados em preservar a saúde das nossas meninas de hoje, nós estamos também evitando o câncer no futuro dessas crianças. Ela é uma vacina segura, ela é uma vacina cara e assim, sem contar que essas meninas estão tendo a oportunidade de se vacinar sem gastar nada, entendeu? Porque ela é uma vacina cara pro Ministério da Saúde, então eu gostaria muito que os pais, os educadores, eles ajudassem a gente nessa campanha porque é uma prevenção para as nossas meninas para que elas virem a ser mulheres saudáveis no futuro.”
LOC: A vacina contra o HPV foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).
