Rio de Janeiro reduz taxa de acidentes do trabalho

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Divulgação internet

 

Por Camila Costa

De 13,46 para 11,88 casos de acidente do trabalho. Esse é o saldo positivo do estado do Rio de Janeiro, referente quantidade de acidentes a cada mil vínculos empregatícios, entre 2013 e 2016, segundo os dados mais recentes do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda (SPrev). Em sintonia com o restante do país, que também tem reduzido os casos e, consequentemente, os gastos com trabalhadores afastados por doença ou acidente, o estado fluminense deve conquistar números ainda melhores a partir do próximo ano, quando devem começar a ser implantadas novas medidas de saúde e segurança no trabalho pelo Serviço Social da Indústria (SESI).

O empenho é explicado pela importância do setor produtivo nesse processo. A indústria, por exemplo, foi um dos pontos-chave na redução dos números de acidentes de trabalho no país. A
Indicação vem da SPrev. Dados da pasta apontam queda de 12,21% entre 2007 e 2016, em todos os segmentos econômicos, em todas as regiões do Brasil e, em algumas atividades industriais como a indústria de transformação, a quantidade de acidentes caiu 40,9%. Na extrativista, a redução foi de 33,6%. Leia mais aqui.

A ideia agora é apostar em um trabalho em cima do eSocial – sistema do governo com informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento e comunicações de acidente de trabalho. Entenda clicando aqui.

Segundo o gerente consultivo de Saúde e Segurança do Trabalho da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), José Luiz Pedro de Barros, o objetivo é fortalecer a gestão de afastamento para reduzir o máximo possível o tempo que o funcionário ficará ausente.

José explica que o SESI-RJ analisará os dados do e-Social, buscará canais mais próximos com a Previdência, em cima de modelos já praticados e boas experiências. “Reabilitação e readaptação, que são duas coisas distintas. Temos que avançar principalmente nisso. A pessoa se afastou, mas tenho que fazer de tudo, se empenhar, para que esse tempo de afastamento seja o menor possível, porque é ruim para o trabalhador. Quando está na Previdência sabe que é um calvário. E é ruim para a empresa, que tem os custos com o funcionário que está vinculado a ela. Custo de produção para o país. Então agrada ninguém. Quanto mais somar esforços para esse tempo ser o menor possível, todo mundo ganha, ganha o trabalhador, ganha a sociedade e ganha as empresas também”, pondera.

Desde 1998, o SESI trabalha com a informatização dos prontuários dos funcionários das empresas parceiras. Toda a vida laboral do trabalhador fica guardada em um sistema, junto com os dos dependentes assistidos, e podem ser acessados a qualquer momento. Os dados podem até ser cruzados com alguma informação da área de educação, por exemplo, para entender como está a saúde daquele funcionário. “Consegue fazer o perfil do trabalhador com mais clareza e trabalhar com programas de hipertensão, de obesidade e ou de outro fator mais pontual, de arranjos produtivos locais, alguma coisa mais sensível, uma exposição a um determinado agente químico, alguma patologia mais sensível aquele tipo de atividade, consegue monitorar e gerar programas para tentar minimizar esse impacto ou até evitar essa situação”, explica José Luiz.


 

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