POLÍTICA: Superada denúncia contra Temer, parlamento deve retomar a própria agenda, diz líder do DEM

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LOC.: O Congresso Nacional ainda repercute a vitória do governo na votação da quarta-feira (2) que rejeitou, na Câmara dos Deputados, o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer. Parlamentares governistas têm se reunido para discutir a melhor forma de retornar a agenda de reformas, que foi paralisada por conta da crise política. Líder do Democratas na Câmara, o deputado paraibano, Efraim Filho afirma que a crise não acabou e, que por isso, este é o momento da Câmara mostrar resultados.

TEC./SONORA: 
Efraim Filho, deputado federal (DEM-PB)

“O encerramento desse processo não significa que devemos fechar os olhos para a crise. Muito pelo contrário. É hora, sim, da Câmara dos Deputados resgatar suas agendas prioritárias, como a retomada do crescimento econômico, a recuperação dos empregos perdidos, a agenda da segurança pública, que está presente no dia a dia de todas as cidades do Brasil. Não podemos ter uma sociedade refém do medo, da violência e das drogas.”

LOC.: 
De acordo com Efraim, para acabar com a crise, o parlamento precisa responder com rapidez os anseios da sociedade. E por isso, o deputado defende que o primeiro tema que deve ser colocado em pauta na Câmara é o da reforma política, já que qualquer mudança no sistema político-eleitoral precisa ser aprovada pelo Congresso até o início de outubro para que tenha validade já nas eleições de 2018.

TEC./SONORA: 
Efraim Filho, deputado federal (DEM-PB)

“Porque temos time e prazo até o dia sete de outubro para poder provocar as mudanças em um modelo de sistema que já está esgotado, exaurido e que produziu escândalos. Então, a reforma política, talvez seja o primeiro desafio a ser enfrentado pela Câmara dos Deputados na retomada da sua agenda.”

LOC.: 
Entre as mudanças político-eleitorais que estão sendo discutidas está a chamada cláusula de desempenho. De acordo com a proposta só terão direito ao Fundo Partidário e ao horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão os partidos que alcançarem pelo menos 3% dos votos válidos nas eleições para a Câmara, em pelo menos 14 estados. Para as eleições de 2018, haveria uma transição onde a restrição seria aplicada aos partidos que não obtiverem o mínimo de 2% dos votos válidos na eleição para a Câmara. Além disso, as mudanças nas regras eleitorais também atingiriam o financiamento das campanhas e o sistema para a eleição dos candidatos.

 


Reportagem, João Paulo Machado

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