Data de publicação: 03 de Março de 2017, 21:56h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu nesta sexta-feira (3) a proposta para a reforma da Previdência, do governo Michel Temer. O anúncio foi feito após reunião com ministro da Fazenda, Henrique Meirelles e o secretário de Previdência, Marcelo Caetano. Segundo Maia, a reforma que já está em discussão no Congresso, será aprovada no plenário da Câmara na segunda quinzena de abril.
Na proposta de reforma, o governo propôs elevar de 65 para 70 anos a idade mínima para receber o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, além de desvincular o valor do salário mínimo. E o trabalhador que desejar se aposentar recebendo a aposentadoria integral vai ter que contribuir por 49 anos.
Para Rodrigo Maia, a regra de transição sempre vai gerar polêmica.
SONORA: Rodrigo Maia, presidente da Câmara
“Qualquer ponto que você faça alguém vai ficar fora. Por mais que você possa mexer em tese, quem ficar fora dessa nova regra vai reclamar, também. Então, acho a posição do secretário Marcelo Caetano está certa. A regra de transição na verdade é um ponto de referência para que a gente possa entender aqueles que vão ter o benefício de participar da transição, e aqueles que não”.
REPÓRTER: Segundo o presidente da Câmara, o responsável pela maior parte do prejuízo da Previdência são os trabalhadores que atuam no campo. Uma das justificativas é que os trabalhadores rurais não precisam comprovar contribuição previdenciária para ter direito a aposentadoria. A aposentadoria rural representa 100 bilhões de reais dos 150 bilhões de prejuízo da Previdência do Regime Geral.
Rodrigo Maia também afirmou que pretende colocar em votação, ainda esse mês, o projeto que regulamenta contratação de mão de obra terceirizada.
Reportagem, Juliana Gonçalves
