Data de publicação: 24 de Novembro de 2015, 09:04h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG).
LOC: Os municípios paraibanos estão em mobilização para aplicar a segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, vírus que é um dos principais causadores de câncer do colo do útero em mulheres adultas. Neste ano, a meta do Ministério da Saúde e da secretaria estadual de saúde é vacinar 80% das mais de 100 mil meninas do público-alvo da ação – aquelas com idades entre 9 e 11 anos. A intenção é superar os baixos índices de vacinação registrados na primeira fase da campanha, quando pouco mais da metade das jovens e adolescentes paraibanas desta faixa etária tomaram a primeira dose da vacina contra HPV, segundo informações do ministério. Do total de municípios, 77 registraram taxas médias de 34% de garotas vacinadas. Este grupo de municípios se concentra, principalmente, nas regiões da mata e agreste. Entre as cidades que registram baixos índices estão Santa Rita, Sapé, Mamanguape, Alagoa Grande, Cuité, Aroeiras e Bananeiras. Para reverter esse quadro, na segunda etapa da mobilização, a secretaria de saúde estadual recomenda às administrações municipais que se aliem às escolas, estratégia que deu certo na campanha do ano passado, quando mais de 100% das meninas receberam as doses da vacina, segundo a coordenadora de imunização do estado da Paraíba, Isiane Queiroga. A gestora relata que o grande desafio, no estado, é alinhar essa estratégia com cada município.
TEC: coordenadora de imunização do estado da Paraíba, Isiane Queiroga.
“Devolver a vacinação nas escolas que a gente sabe que é uma estratégia muito benéfica, mas que é muito dispendiosa para os municípios. Onde precisa montar equipe, passar vários dias de vacinação nas escolas, deslocar profissional de saúde, entre outros. Eu acho que esse é o nosso maior desafio.”
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
LOC: A colaboração entre município e escola fez com que a jovem moradora de João Pessoa, Ana Cecília, de 11 anos, tomasse a primeira dose da vacina contra HPV. A mãe Solange de Lima relata que ficou sabendo da campanha através do colégio da filha. Lá, teve todos os esclarecimentos sobre a segurança e eficácia da vacina. Solange alerta as mães, pais e responsáveis a não acreditarem em boatos sobre supostos efeitos colaterais da vacina. .
TEC: Solange de Lima, mãe.
“Eu gostaria de dizer essa realidade, que não deixem de ir dar por ouvir boatos que não acontece, minha filha tomou e não sentiu nada. Só sentiu um pouquinho queimando o braço, mas isso aí é normal. Furou uma pele. E não deixem de dar. Não vá na cabeça de ninguém que fulano parou de andar, que o outro teve um convulsão, o outro não sei o que. Não. Dê a vacina. Tem muita doença que tá trazendo por falta de informação.”
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
LOC: A presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, Isabela Ballalai, explica que a vacina contra HPV é segura e não causa efeitos colaterais graves.
TEC: Presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, Isabela Ballalai
“Aqui no Brasil, já foram mais de 10 milhões de doses aplicadas, e o que a gente tem é o que os estudos clínicos mostraram. Os eventos adversos que eu posso dizer mais comuns, que fica em torno de 10 a 20% da população vacinada vai apresentar, são os eventos locais, dor, vermelhidão, pode ficar inchado o braço, enfim, isso é o que a gente vê na prática.”
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da saúde é de que até o final do ano, 80% das meninas com idade entre 9 e 11 estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por menina nesta idade, leve-a a uma Unidade de Saúde e leve junto o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).