Número de mulheres no mercado de trabalho aumentou 7,84% na última década

Em 2007, as mulheres representavam 40,8% do mercado formal de trabalho, enquanto que em 2016 o número cresceu para 44%

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Curso de costura promovido em Porto Velho Por Tácido Rodrigues

Nos últimos 10 anos, as mulheres têm ocupado mais postos no mercado de trabalho, principalmente por conta dos avanços nas leis trabalhistas. É o que revela o levantamento do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Em 2007, as mulheres representavam 40,8% do mercado formal de trabalho, enquanto que em 2016 o número aumentou para 44%.

Um dos fatores que têm contribuído na inclusão feminina no mercado de trabalho é a qualificação profissional. Em Rondônia, as mulheres têm procurado cada vez mais os cursos técnicos. No ano passado, das 11.848 matrículas realizadas no estado, 6.267 foram feitas por elas. Os municípios que mais têm mulheres entre os estudantes são Porto Velho (2.025), Ji-Paraná (1.136) e Cacoal (961). Nos três municípios, a maioria das mulheres matriculadas na educação profissional tem entre 15 e 17 anos e se considera parda (2.223). Os dados são do Censo da Educação Básica 2016.

A deputada Marinha Raupp (PMDB/RO) acredita que é preciso oferecer mais opções de qualificação para a população feminina, o que traria, por exemplo, mais representatividade na política. “Entendemos que temos a oportunidade, no estreitamento, em uma parceria de ações integradas, de oportunizar um crescimento maior da mulher na política e nos espaços de trabalho. Mulheres valorosas empresárias, mulheres valorosas empreendedoras, precisam também estar sentadas na mesa para discutirmos a política desenvolvimentista do Brasil”, disse.

A fundadora da Impulso Beta, Renata Soares, defende que haja mais reconhecimento e valorização das mulheres. A startup oferece soluções para promover igualdade de gênero no mercado de trabalho. Segundo ela, é preciso que esse conceito seja aplicado no âmbito das empresas. "A nossa missão é ajudar as empresas a construírem ambientes inclusivos, que permitam atrair mais mulheres talentosas, reter essas mulheres e alavancar a carreira dessas mulheres. E tudo isso não com uma visão apenas de que isso é a coisa certa a ser feita, que é responsabilidade social, responsabilidade corporativa, mas sempre muito alinhado com os interesses estratégicos do negócio”, explicou ela.

Apesar dos avanços nos últimos anos, as mulheres ainda ganham em média menos do que os homens, mesmo tendo mais tempo de estudo e qualificação. No total, a diferença de remuneração entre homens e mulheres em 2015 era de 16%. O rendimento médio do homem era de R$ 2.905.91, e o pago às mulheres, de R$ 2.436,85. Contudo, quanto à participação em cargos de chefia e gerência nas empresas e organizações, ainda é preciso mais representatividade feminina. Isso porque entre 5% e 10% das instituições são chefiadas por mulheres no Brasil, de acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
 

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