MICROCEFALIA: Número de casos suspeitos passa de 2,4 mil, segundo governo

Recém-nascidos com suspeita da doença são submetidos à exames de identificação

 

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REPÓRTER: Foram notificados, até o momento, 2.401 e casos suspeitos de microcefalia, segundo o boletim epidemiológico, divulgado pelo ministério da Saúde, nesta terça-feira.  Os casos foram notificados em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal. Todas as regiões do país já tiveram algum caso suspeito de microcefalia relacionado ao zika vírus, que é transmitido pelo mosquito aedes aegypt. O diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica quais são os tipos de exames que os recém-nascidos com suspeitas de microcefalia devem se submeter para verificar a existência do vírus.
 
SONORA: Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério da Saúde
 
“Esse exame pode ser feito por um ultrassom no recém-nascido. É uma coisa que habitualmente se ouve falar pouco, porque não faz ultrassom de cabeça em adultos. Agora em recém-nascidos, como ele ainda não tem os ossos fechados, muitas vezes é possível se conseguir o que se chama de janela para penetração das ondas sonoras, e que permite fazer uma análise de imagem por ultrassom do cérebro. Não sendo possível isso, uma tomografia computadorizada, que também permite uma boa visualização do cérebro do bebê. Ou em alguns casos que pode ser possível a identificação do vírus em algum material biológico coletado.”
 
REPÓRTER: Após a identificação do doença no bebê, Cláudio Maierovitch, do ministério da Saúde, afirma que este é um novo caso para o país, mas tem sido realizado um protocolo para verificar a relação com o zika vírus.
 
SONORA: Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde
 
“Tudo isso é novo para todo mundo e para os estados. Eles estão aplicando um protocolo que nunca foi experimentado antes e que eles nunca tiveram contato. Então, se o protocolo estiver sendo rigorosamente seguido, esses casos confirmados são casos em que se observou o tamanho do perímetro cefálico, é inferior aos 32 centímetros, se realizou um exame de imagem confirmando que o cérebro está comprometido, que o cérebro, de fato, tem características fortemente indicativas de uma infecção no período da gestação. Tendo tudo isso,não se confirma nenhuma outra causa.”
 
REPÓRTER: Dentro do número de 2.401 novos casos suspeitos de microcefalia, foram identificados dois mil, 165 como em investigação, 134 confirmados e 102 foram descartados. Além dos 13 estados e o Distrito Federal, que havia notificado suspeitas até a semana passada, seis estados notificaram novos estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e, o um único caso na região Sul, no Rio Grande do Sul. Além disso, foram notificados 27 óbitos suspeitos, apenas na região Nordeste. O país continua em estado de Emergência de Saúde com o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia e o combate ao mosquito transmissor aedes aegypt, que é o mesmo transmissor da dengue e chikungunya. De acordo com o ministério da Saúde, vai ser ampliado o atendimento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência para tratar os bebês que nasceram com má-formação.

 

Reportagem, Sara Rodrigues

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