REPÓRTER: A Polícia Federal enviou ao juiz federal Sérgio Moro nesta quinta-feira (28) um laudo que afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-primeira-dama Marisa Letícia teriam orientado reformas realizadas no sítio Santa Barbara, em Atibaia, São Paulo. A propriedade está em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que são sócios de um dos filhos de Lula. O ex-presidente afirma que apenas frequentava o local como amigo dos proprietários.
Moro é responsável pela operação Lava Jato, que investiga o imóvel frequentado pela família de Lula no interior paulista. A suspeita é a de que as obras foram pagas pela construtora OAS, uma das investigadas na operação da Polícia Federal.
De acordo com o laudo, a reforma aumentou a área do sítio em 520 metros quadrados e custou um milhão e 200 mil reais. Segundo os peritos, foram encontradas no apartamento de Lula notas fiscais de materiais usados na reforma do sítio. A busca fez parte da 24ª fase da Lava Jato, realizada em março. Na ocasião, Lula foi levado coercitivamente a prestar depoimento, o que significa que foi obrigado a comparecer frente a uma autoridade policial.
Além das suspeitas relacionadas ao sítio de Atibaia, existe outro inquérito que envolve o ex-presidente, relacionado a um apartamento triplex no Guarujá. A suspeita é a de que as obras do imóvel também tenham sido pagas pela OAS.
Reportagem, Bruna Goularte