Membros da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) em apresentação do Panorama da Infraestrutura – Edição Nordeste. Foto: José Sobrinho/FIEC
Membros da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) em apresentação do Panorama da Infraestrutura – Edição Nordeste. Foto: José Sobrinho/FIEC

Fosfato: Ceará terá ramal ferroviário de R$ 1,5 bi de Santa Quitéria até Pecém

O projeto irá alimentar a ferrovia Transnordestina e, desta forma, levar a produção até o Porto de Pecém para o transporte do material

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O Ceará irá receber um projeto de ramal ferroviário de 100 km que ligará a usina de Itataia, em Santa Quitéria, à Transnordestina, num montante de investimento de R$ 1,5 bilhão. A obra está na lista apresentada no Panorama da Infraestrutura– Edição Nordeste, elaborado e apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em agosto, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

O projeto irá alimentar a ferrovia Transnordestina e, desta forma, levar a produção até o Porto de Pecém para o transporte do material. O ponto de intersecção ocorreria em um pátio intermodal, localizado entre Acarape e Pacatuba. Segundo o coordenador do Núcleo de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Heitor Studart, o ramal é uma “estrutura fundamental para o escoamento da produção da mina de fosfato de Itataia”. Sobre ter outras opções do escoamento da produção da mina, Studart aponta a ligação com a BR-020, que tem tráfego de carga pesada e que levaria o fosfato também até o Porto do Pecém. A estrada receberá adequações e obras, pleiteados pelo setor industrial com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). “Mas claro que o ramal ferroviário, em termos de custo e de produtividade, é muito mais efetivo”. A expectativa é que a obra tenha duração de um ano e meio, prazo considerado pequeno pelo especialista. 

A previsão é que o negócio tenha produção 1,05 milhão de toneladas anuais de fertilizantes fosfatados e 220 mil toneladas por ano de fosfato bicálcico. A produção prevista de 2,3 mil toneladas de concentrado de urânio equivale a 0,2% de todo material a ser produzido. O projeto tem apoio do Governo estadual, mas não é unânime e, debatido em audiências públicas em 2022, manifestantes se posicionaram contra o empreendimento por possíveis vazamentos e acidentes com material radioativo na área. Com investimentos esperados de R$ 2,3 bilhões, o projeto ainda depende de algumas autorizações para ser concretizado. O consórcio recebeu aval da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para instalar a jazida, mas ainda precisa passar pelo processo de licenciamento ambiental no Ibama. (Com informações do Diário do Nordeste

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