Data de publicação: 19 de Dezembro de 2017, 22:30h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
Há dez anos, a assistente administrativa Daniela Oliveira Silva, de 40 anos, foi diagnosticada com Dengue. Casada e mãe de duas crianças, a moradora do Bairro Santa Marta, em Vitória, não suspeitava da doença até ter um desmaio ao levantar da cama. Na época, ela foi encaminhada para o hospital e, quando o médico observou pequenas manchas vermelhas na sua mão, solicitou o exame de sangue que confirmou a presença do vírus. Daniela conta que sentiu muita fraqueza, dor nos olhos e coceira. Ela afirma que, depois dessa experiência, passou a redobrar os cuidados dentro de casa para evitar possíveis focos do mosquito.
“Eu sempre cuidei. E agora ainda mais por conta das crianças, né? Depois que você sente aquilo de você não conseguir nem ficar em pé e a dor que você sente no corpo, que eu senti a gente não quer que os filhos sintam a mesma coisa. Então eu passei a cuidar muito mais.”
O técnico do Programa Estadual de Combate a Dengue, Zika e Chikungunya, Roberto Laperrière, afirma que, em comparação ao ano anterior, o Estado do Espírito Santo apresentou uma redução de, aproximadamente, 80% no número de notificações de Dengue e 90% de Zika. Entretanto, aumentou o número de casos de Chikungunya. Em 2017 foram notificados 1.447 casos, enquanto em 2016 o número foi de 484. Isso representa um aumento de 70%.
“Eu acredito, como técnico, que possa existir alguma competição viral no mosquito. Com isso, a gente teve um ano com uma grande epidemia de Dengue, que foi o ano de 2013. E depois a gente teve, no ano de 2016, a grande epidemia de Zika vírus. Com toda aquela sensibilização da população, dos gestores, por causa da questão da microcefalia e, com isso, talvez tenha tido uma competição viral e o mosquito não tinha, até então, causado grande problemas com relação à Chikungunya aqui no estado. Mas a gente tá sempre em alerta, estamos investigando e acompanhando pra que a gente continue sem ter maiores problemas em relação à Chikungunya.”
O mosquito se reproduz em água limpa e parada. Fiscalize possíveis criadouros em casa, como pneus, garrafas, vasos de flores, caixas d’água. Faça a sua parte e lembre-se de que um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.