EDUCAÇÃO: Discussões finais sobre novo currículo do ensino fundamental podem sofrer atrasos

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REPÓRTER: As discussões sobre a nova Base Nacional Comum Curricular do ensino fundamental deveriam continuar em seminários realizados pelo ministério da Educação em todos os estados, a partir de maio. Mas, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pode atrapalhar o cronograma da implantação do novo currículo, que vem sendo discutido desde setembro do ano passado quando foi publicada a primeira versão do documento. Em janeiro, o ministério da Educação abriu consulta pública para receber sugestões e agora em abril, a segunda versão do currículo deveria ser publicada, o que não ocorreu até hoje. A Base Nacional do Currículo do ensino fundamental é o documento que serve para orientar os caminhos da aprendizagem dos estudantes em todas as escolas públicas e particulares. Antes mesmo da implantação, o novo currículo virou alvo de críticas. O deputado Federal, Carlos Andrade, do PHS de Roraima, por exemplo, reclama que o novo texto do currículo pode dificultar a aprendizagem dos estudantes, principalmente no ensino da gramática e história.
 
SONORA: Carlos Andrade, Deputado Federal do PHS de Roraima
 
“O conteúdo de Língua Portuguesa também recebeu criticas dos especialistas da área de educação que afirmam que a menção ao ensino da Gramática apenas até o terceiro ano do ensino fundamental é um grande entrave para a aprendizagem no uso formal da Língua Portuguesa. No entanto, a área que tem sofrido as maiores criticas, pela retirada de assuntos importantes, é a nossa história. O conteúdo ministrado não foi contemplado com inteireza. Diversas Revoluções ficaram de fora dos conteúdos a serem ensinados.”
 
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REPÓRTER: Outro ponto da nova Base Nacional Comum Curricular que causa polêmica é a introdução das ideologias de gênero e sexualidade no ensino fundamental e médio. Para o coordenador do movimento Escola Sem Partido, Miguel Nagib, alunos de 11, 12 anos não têm maturidade necessária para compreender as ideologias de gênero. Além disso, Ele lembra que, as ideologias podem conflitar com a educação moral que as crianças recebem dentro de casa pela família.
 
SONORA: coordenador do movimento Escola Sem Partido, Miguel Nagib
 
“A ideologia de gênero contém postulados que, da maneira como vem sendo apresentada hoje, afrontam o direito dos pais sobre a educação moral dos seus filhos. Quando a teoria de gênero afirma que não há diferenças naturais entre homens e mulheres, ela está fazendo uma afirmação que se choca com a crença e as convicções morais dos pais dos alunos e, isso ela não pode fazer”.
 
REPÓRTER: A meta inicial do ministério da Educação era de publicar a versão final da nova Base Nacional Comum Curricular em junho.

 

Reportagem, Cristiano Carlos 

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