REPÓRTER: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15, que funciona como prévia da inflação, foi de 0,43 por cento em março e fechou abril em alta, com 0,51 por cento. O indicador foi divulgado, nesta quarta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, e mostra a variação dos preços do mercado varejista. De acordo com a pesquisa, o grupo que mais influenciou na composição do IPCA-15 foi o de Alimentação e Bebidas, com variação de 1,35 por cento nos preços. A economista Celina Ramalho que é conselheira do Conselho Federal de Economia, Cofecon, explicou porque a área de alimentação costuma variar.
SONORA: Celina Ramalho, economista e conselheira do Conselho Federal de Economia
“Vale sempre notar que alimentos e bebidas são sempre oscilados por questões sazonais. Então, para essa temporada, nós temos a elevação do preço da fruta, porque nosso verão está acabando, e a fase de outono é uma fase de menos disponibilidade de fruta. E, por outro lado, começa a safra de tomate e cebola. Então, esses tiveram os preços mais baratos, porque vão aparecendo mais quantidade”.
REPÓRTER: Mas o IBGE também apontou uma boa notícia para os brasileiros. Com fim da cobrança extra da bandeira tarifária, o preço da energia elétrica diminuiu em todos os municípios pesquisados. Celina Ramalho explicou como essa diminuição vai impactar a economia.
SONORA: Celina Ramalho, economista e conselheira do Conselho Federal de Economia
“Esse preço administrado pelo governo, tendendo a uma perspectiva de baixa, é uma notícia bastante importante e satisfatória para economia. Isso vai refletir nos preços desde o atacado, até o varejo. Isso tende a se apresentar nas próximas previsões, e estar inclusive pressionando mais para baixo a inflação desse ano, em comparação ao ano passado”.
REPÓRTER: Ainda de acordo com o IBGE, além do grupo de Alimentos e Bebidas, o grupo Saúde e Cuidados pessoais também registrou alta nos preços. Os remédios ficaram 2,64 por cento mais caros enquanto que o valor dos planos de saúde aumentou 1,06 por cento.
Reportagem, Bruna Goularte