Data de publicação: 23 de Dezembro de 2019, 15:30h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:26h
A região oeste de Santa Catarina precisa ficar em alerta para o aumento de casos de dengue, chikungunya e zika. Até a primeira quinzena de novembro, a Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó notificou 18 casos prováveis de dengue, um de chikungunya e nenhum caso de zika. Dentre os municípios da região, Chapecó apresenta o Índice de Infestação Predial de 2,8% em novembro, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti, o LIRAa.
A coordenadora da Vigilância Ambiental de Chapecó, Monica Serpa, aponta que a concentração de recicladores em bairros como o Efapi, Centro e Bom Pastor contribuiu para que a quantidade de focos do mosquito Aedes aegypti crescesse na região. Hoje, há detectados 1.234 focos. Desses, 49% foram encontrados em depósitos chamados D2, que armazenam lixos, sucatas e entulhos.
“A gente pede o apoio da comunidade para que ela seja um órgão fiscalizador dentro do seu imóvel. Elimine depósitos que possam acumular água. Olhe a cisterna, a calha. Tenha essa visão da saúde pública porque, se hoje nós tivermos uma epidemia, o mosquito não vai estar só naquela casa. Vai estar em todo o município”.
Em comparação com o ano passado, o número de casos em Chapecó aumentou, uma vez que nenhum dos três vírus foram identificados na região naquela época. No biênio 2018-2019, não houve óbitos. Prefeito da cidade, Luciano Buligon revela que condições climáticas contribuem para a proliferação do mosquito na região. A cidade chove acima de 2 mil milímetros por ano, facilitando o acúmulo de água empoçada, onde o mosquito se aloja.
“Nós vivemos no Sul do Brasil, onde se agrava a dengue entre outubro e abril. Depois, temos um período de inverno que deveria tranquilizar, mas as pessoas acabam relaxando”.
A Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó vai manter as ações de combate nos bairros mais críticos, com mutirões de limpeza e novas campanhas educativas. O objetivo é orientar e reforçar a necessidade de eliminar os focos do Aedes aegypti durante todo o ano. Em Santa Catarina, os dados também são alarmantes. O boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde mostra que, até novembro de 2019, mais de 7 mil casos de dengue foram notificados em todo o estado. Trinta e seis pessoas infectadas pelo vírus da chikungunya e 169 notificações foram feitas de zika.
Lembre-se de que você é responsável pela sua casa. Portanto, fiscalize possíveis criadouros, como ralos, pneus, garrafas, vasos de flores e caixas d’água. Caso queira denunciar algum terreno abandonado ou focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, entre em contato pelo número do disque denúncia da Vigilância Ambiental: (49) 3319-1407.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.