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Por Cristiano Carlos
O número de acidentes de trabalho na indústria de transformação de Goiás caiu de forma significativa entre os anos de 2015 e 2017, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 2017, publicado recentemente pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.
No período, as ocorrências tiveram queda de 53% nas indústrias responsáveis por fabricação de produtos químicos, 60% nas fabricantes de produtos não metálicos e 82% nas indústrias de materiais elétricos. No setor de infraestrutura de Goiás, nas atividades da construção civil, como as áreas de acabamento de obras, a diminuição no número de acidentes de trabalho caiu 37%.
Já em todos os setores do mercado formal goiano, para cada grupo de mil contratos trabalhistas ativos, foram registrados pouco mais de 12 acidentes, nos anos de 2016 e 2017. O número representa queda de 9% nas ocorrências, em comparação com os dados divulgados pelo Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 2014, quando pouco mais de 20 acidentes de trabalho foram registrados, em cada grupo de mil contratos trabalhistas, no estado.
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Para especialistas da área, esforço das indústrias na prevenção e promoção da segurança e saúde do trabalhador beneficia a cadeia produtiva com a diminuição das ocorrências de acidentes, o Estado com a redução de pagamentos de benefícios e o trabalhador com aumento de qualidade de vida e bem-estar.
“Você trabalhar o comportamento preventivo, você trabalhar com que a empresa tenha ambientes mais seguros, você faz com que evite o número de incidentes ou potenciais acidentes e, consequentemente, de acidentes. Então, trabalhar isso é o melhor remédio para a gente evitar o acidente de trabalho”, explica o Gerente de Segurança e Saúde, do SESI-GO, Bruno Godinho.
No Brasil
O número de acidentes de trabalho caiu, durante os últimos anos, em todo o Brasil. De 2008 a 2017, a taxa de incidência no país passou de 22,98 para 13,74 acidentes a cada mil vínculos empregatícios, de acordo com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.
Em 2015, as indústrias e empresas nacionais investiram mais de R$ 28 bilhões, apenas com a Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, e foram responsáveis pelos custos de interrupção de produção, de substituição de trabalhadores incapacitados e com despesas administrativas de acompanhamento dos acidentes de trabalho junto à Previdência, de acordo com pesquisa publicada pelo Serviço Social da Indústria, o SESI.
Além disso, cerca de 88% das empresas do país realizam programas de promoção da segurança no trabalho, com investimentos maiores que o mínimo exigido pelas normas vigentes, e quase 85% realizam monitoramento de aspectos ergonômicos do ambiente de trabalho, ou seja, buscam melhores adaptações de máquinas e equipamentos para promoverem a segurança dos funcionários.
“A empresa que investe em saúde e segurança, ela, em verdade, faz reduzir seus custos e se torna mais produtiva e profissional. E, claro, o trabalhador que tem um trabalho adequado, ele também produz mais. Então, saúde e segurança não é custo. Realmente é retorno garantido para as empresas”, lembra Bruno Godinho.
Propostas da Indústria
A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, publicou o estudo “Modernização Previdenciária e da Segurança e Saúde no Trabalho”, que faz parte de um conjunto de 43 propostas que foram entregues aos candidatos à presidência da República.
Entre as Propostas da Indústria para as Eleições 2018, está a inclusão de metas em saúde e segurança do trabalho na participação nos lucros e resultados das empresas; o acesso à Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) por meio eletrônico; modernização do sistema de pagamentos de benefícios e que as empresas participem da perícia médica do INSS, entre outras.
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