BAHIA: Carinhanha e Igaporã ainda estão abaixo da meta de vacinação contra o HPV

Municípios baianos não bateram meta de vacinação estipulada pelo Ministério da Saúde, que é imunizar no mínimo 75 por cento das meninas entre 11 e 13 anos de idade.

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REPÓRTER: Os postos de saúde de Igaporã e Carinhanha não tiveram a procura pela segunda dose da vacina contra o vírus HPV esperada pelo Ministério da Saúde. As nove unidades de saúde dos municípios baianos não alcançaram a meta do ministério, que é vacinar no mínimo 75 por cento das adolescentes. Dados do Ministério da Saúde revelam que apenas 24 por cento das meninas entre 11 e 13 anos de idade de Carinhanha tomaram a segunda dose da vacina. A situação é ainda pior em Igaporã. Apenas três por cento das garotas foram imunizadas. O vírus HPV, que também é conhecido como Vírus do Papiloma Humano, é a principal causa do câncer do colo do útero, segundo o Instituto Nacional do Câncer. A Coordenadora do Plano Nacional de Imunização de Carinhanha, Bartiria Alves, explica que a Secretaria de Saúde fez campanha de conscientização no município para aumentar a procura pela vacina.

 
SONORA: Coordenadora do Plano Nacional de Imunização, Bartiria Alves.
 
“Esclarecemos nas rádios da cidade que aquela reação aconteceu, mas não foi devido a vacina. Foi outro fator. Tentamos divulgar da melhor forma possível que aquilo não foi causado pela vacina contra o HPV. Mesmo assim a gente não conseguiu atingir o público alvo. Fomos em escolas, conversamos com diretores, fizemos reuniões com os pais, mas mesmo assim a gente não conseguiu até o momento atingir essa meta”. 
 
REPÓRTER: A agente de Saúde de Igaporã, Cristiana da Silva, conta que levou sua filha para se imunizar e que ela não teve nenhum efeito colateral.
 
SONORA: Agente de Saúde,Cristiana da Silva.
 
“Essa vacina do HPV é uma vacina muito importante para a saúde das adolescentes, para a saúde da mulher. É um sonho conquistado, e vocês estão tendo essa oportunidade. Então não deixem que ela escape, pois a vacina é a melhor arma que se tem contra a doença. A minha filha foi vacinada, não teve efeito nenhum. A vacina é segura. Não deixem meninas escapar essa oportunidade”. 
 
REPÓRTER: A população baiana tem que ficar atenta as três etapas de vacinação contra o HPV. O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica a importância das três doses da vacina.
 
SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
 
"A imunização ela é dada por uma vacina oferecida em três doses, e as três doses são importantes. Então ela é iniciada em meninas aos onze anos de idade. Nós estamos iniciando com meninas de onze a treze anos de idade justamente para alcançar aquelas que já completaram onze anos há mais tempo. Então neste momento da introdução da vacina, isso é um calendário um pouco estendido, porque no futuro nós manteremos apenas a primeira dose aos onze anos de idade. Depois de tomar a primeira dose, ela recebe uma segunda dose de reforço. A dose única ela não é eficaz para produzir a proteção contra o HPV, por isso as duas doses, e uma terceira dose cinco anos depois."
 
REPÓRTER: As adolescentes baianas devem procurar os postos de saúde o quanto antes para se vacinar contra o vírus HPV. Os nove postos de saúde espalhados nos dois municípios funcionam de segunda a sexta-feira, de oito da manhã às cinco da tarde. As meninas não devem esquecer de levar o cartão de vacinação ou um documento de identidade. 
 
Com a colaboração de Guilherme Pesqueira, reportagem, Guilherme Pesqueira

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