VIOLÊNCIA: Mulheres denunciam os agressores no Pará

Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará revelam que houve um aumento de 5,85% no número de denúncias de violência doméstica nos últimos dois anos.

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VIOLÊNCIA:  Mulheres denunciam os agressores no Pará
 
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REPÓRTER:  Mesmo separada do ex- marido, a dona de casa Rosa Alice era perseguida diariamente, situação que chegou ao fim quando ela resolveu denuncia-lo a justiça.
 
SONORA: Dona de casa, Rosa Alice.
 
“ Ele quebra a janela, ele invade a casa, fica me esperando dentro de casa, quando eu vejo que ele está dentro de casa eu saio e ligo pra policia, só que na hora que eu ligo pra policia, ele se manda.”
 
REPÓRTER: Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará revelam que houve um aumento de 5,85% no número de denúncias de violência doméstica nos últimos dois anos. Segundo as informações, em 2013, foram registrados mais de quinze mil boletins de ocorrências de violência contra a mulher em todo o estado. Já em 2014, foram contabilizadas mais de dezesseis mil ocorrências. A Justiça paraense tem feito seu papel, mas as mulheres precisam estar conscientes que até mesmo um empurrão já é caracterizado como crime. É o que ressalta a promotora de Justiça Lucinery Helena Rezende Ferreira. 
                                              
SONORA: Promotora de Justiça do Ministério Público, Lucinery Helena Rezende Ferreira. 
 
“Qualquer empurrão, qualquer bate-boca, qualquer insulto, qualquer tapa é crime, então a mulher tem que saber que ele começa agredindo com um empurrão, um insulto e depois ele começa a bater, depois ele tenta matar e por fim ele mata, então é essa a evolução que nós temos que evitar”.
 
REPÓRTER:  A criação da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis, da Polícia Civil, em 2012, possibilitou o atendimento diferenciado a pessoas em situação considerada vulnerável, violência e discriminação social, como crianças, adolescentes, mulheres, idosos e homoafetivos. Além da criação da DAV,  a elevação do número de Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher também contribui para o cenário. Outra ferramenta de combate à violência contra a mulher é a Lei Maria da Penha. Segundo a juíza titular da 1° Vara de Violência Contra a Mulher, Rubilene Rosário, a Lei Maria da Penha também veio para contribuir para uma mudança de comportamento.
 
SONORA: Juíza Rubilene Rosário.
 
“Ela (a lei Maria da Penha) veio justamente para fazer com que houvesse essa mudança de valor, essa mudança de comportamento com relação à violência no âmbito familiar. Então veio para nos educar. O Judiciário só não tem como mudar essa historia, mas de mãos dados com os demais poderes da sociedade civil, sim, a gente pode fazer uma grande diferença.”
 
REPÓRTER: Em 2014, o Pará passou a contar com novas delegacias para atender todas as regiões. Foram instaladas novas Delegacias da Mulher em Soure, no arquipélago do Marajó; Capanema, no nordeste paraense; em Barcarena, na região do Baixo Tocantins e em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Tanto a promotoria de Justiça do Ministério Público quanto a Delegacia da Mulher possuem um telefone para denúncias e informações. Para entrar em contato com a central de atendimento basta ligar 180. O serviço funciona 24 horas e as ligações são gratuitas.
 

Reportagem, Storni Jr.

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