VÁRZEA GRANDE (MT): Secretaria alerta para a importância do diagnóstico precoce da Tuberculose

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LOC: O técnico de enfermagem Robson Lemes tem 39 anos e mora no bairro Nova Fronteira, em Várzea Grande. O rapaz trabalha no pronto atendimento da Unidade de Saúde Santa Casa, em Cuiabá. Agora, ele virou paciente também. Pegou Tuberculose. Robson acredita que foi contaminado em decorrência do seu trabalho, porque tem contato direto com os enfermos.
Em julho ele começou com uma tosse persistente, mas só foi buscar atendimento no final do ano. Primeiramente, Robson foi diagnosticado com virose. Ele também tem bronquite asmática. Os médicos pensaram então que poderia ser uma crise pela mudança de clima. Porém, em janeiro deste ano, ele não tinha nem fôlego para caminhar. Constatou que tinha algo errado.

TEC/SONORA: Robson Lemes, técnico de enfermagem.

“Como eu peguei, sendo da área de saúde, eu estava com tosse desde julho, resolvi procurar em novembro e vim passar mal em janeiro. Para você ver como a gente mesmo, que é a da área de saúde, é displicente a maioria das vezes. Cuida das pessoas e acaba não cuidando da gente mesmo.”

LOC: Segundo ele, quando trabalhava tinha uma visão diferente. Agora vê o quanto a doença é difícil. Ele começou o tratamento no começo deste ano. Durante o processo, Robson perdeu 18 quilos e devido a sua bronquite seu caso foi agravado. Ele foi internado duas vezes. De acordo com os médicos que o acompanham, seu pulmão direito está comprometido, embora o do lado esquerdo, que está bom, está compensando o que está doente, Robson está indo agora para a segunda etapa do tratamento e se sente bem melhor.

TEC/SONORA: Robson Lemes, técnico de enfermagem.

“Então pra mim foi bastante difícil. Eu só não desisti mesmo porque meu medo era ter que reiniciar, se eu parasse, todo o ciclo novamente. É preferível ir fazendo. Tudo já está dando certo nas datas do período do tratamento. É melhor continuar, do que parar e de repente ter que voltar tudo novamente.”

LOC: O responsável técnico pelo Programa da Tuberculose em Várzea Grande, Marcelo Aparecido Vieira, explica que quanto mais cedo se descobrir e identificar a doença, melhor para o paciente e à sociedade. Toda tosse com mais de três semanas deve ser investigada. A Tuberculose tem cura, mas o tratamento precisa ser realizado corretamente.

TEC/SONORA: Marcelo Aparecido Vieira, responsável técnico pelo Programa da Tuberculose em Várzea Grande.

“O tratamento é gratuito, não tem custo nenhum. Tem um acompanhamento de seis meses com a baciloscopia, com o médico. E a gente vai fazendo um ajuste, se tem uma intolerância gástrica. Pede os exames para ver a função hepática. Então, tem todo um acompanhamento, senão ela acaba sendo fatal. E, sendo também de forma tardia, como o pulmão é um órgão nobre, para ele mostrar que está doente é porque ele já está quase totalmente comprometido.”

LOC: Várzea Grande teve, no ano passado, 170 casos de Tuberculose e 37 novos casos até agora, em 2017. A taxa de abandono do tratamento, em 2015, foi de 12%, considerada elevada. Caso você esteja tossindo há mais de três semanas, procure uma unidade de saúde mais próxima de sua casa. Pode ser Tuberculose. Mais informações sobre a doença e o tratamento, acesse saude.gov.br. 

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