REPÓRTER: A taxa de desemprego chegou a oito vírgula um por cento, entre março e maio, deste ano. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. No mesmo período do ano passado, o desemprego no país subiu em um por cento. Segundo o especialista em Economia da Universidade de Brasília, Roberto Piscitelli, os jovens e as mulheres são os que mais estão sofrendo com falta de trabalho.
SONORA: Roberto Piscitelli, especialista em economia da Universidade de Brasília
“O índice de desemprego entre os jovens é muito maior, é da ordem do dobro do índice geral de desemprego. Os jovens a que me refiro, principalmente, são aqueles na faixa entre 18 e 24 anos. Também o mercado de trabalho da mulher foi mais afetado. A taxa de desemprego entre as mulheres é maior.”
REPÓRTER: De acordo com o IBGE, o Brasil tem hoje mais de oito milhões de desocupados. Roberto Piscitelli acredita que, a taxa de desemprego só vai demonstrar sinais de queda apenas a partir do ano que vem.
SONORA: Roberto Piscitelli, especialista em economia da Universidade de Brasília
“Eu acho que a gente ainda vai ter aumento de desemprego nos próximos meses. Mas no decorrer do segundo semestre é provável que haja, pelo menos, uma estabilização dessas taxas. E com a expectativa e perspectiva de uma melhoria do nível de desemprego a partir do ano que vem.”
REPÓRTER: Ainda de acordo com o IBGE, o rendimento médio real do trabalhador é de mil 863 Reais. O valor é considerado estável, já que, no mesmo período do ano passado, o trabalhador brasileiro tinha renda média de mil 870 Reais.
Reportagem, Sara Rodrigues