TOCANTINS: Estado tem sete mil agentes combatendo Aedes em 450 mil domincílios

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REPÓRTER:  Tocantins conta com sete mil agentes comunitários de saúde e endemias no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e Zika. Além disso, a ação tem ajuda de militares das Forças Armadas, dos Bombeiros, da Polícia Militar do estado e de profissionais da Defesa Civil. A meta da ação de combate ao Aedes no Tocantins é a vistoria de 450 mil imóveis. Para isso, a população precisa cooperar facilitando a entrada dos agentes nas residências. O churrasqueiro Geraldo Costa, é morador de Araguaína, cidade alvo da ação, e conta que a população tem medo de abrir a porta das casas para estranhos. Ele pede aos vizinhos que não tenham medo de abrir as portas para os agentes de combate ao Aedes porque eles estão devidamente identificados com uniformes e crachás e, já são conhecidos na comunidade.  
 
SONORA: Líder comunitário – Geraldo Nascimento
 
“O que eu falo para o pessoal ficar muito atento, porque a pessoa que é da endemia é conhecida, se informar quem é a pessoa, para pode deixar entrar na residência, porque do jeito que está hoje, eu falei com o pessoal e eles falaram que ainda tem medo, porque não sabemos quem é bem e o mal, mas no caso do pessoal da endemia nós vamos informando quem é, e falei para deixar entrar porque não faz medo nenhum”.
 
REPÓRTER: Além de Araguaína, Gurupi está entre as cidades com maior infestação do Aedes em Tocantins. A dona de casa, Doraneide Reis, mora em Gurupí e lembra que as ações de combate ao Aedes tem que ser realizadas por toda população.   
 
SONORA: Dona de Casa, Doraneide Araújo Reis
 
“Assim, não é problema só meu, ou só de outro. É de todos. Eu vejo assim, se você não deixa o criadouro, não tem mosquito e não tem doença. Não é verdade?”
 
REPÓRTER: De acordo com o governo de Tocantins, 82 por cento dos 450 mil imóveis alvos da ação de combate ao Aedes já foram vistoriados. Em todo estado, até agora, foram registrados cinco mil 482 casos de dengue, 199 de chikungunya e mais de dois mil do vírus Zika. O coordenador da sala Estadual de Coordenação e Controle do enfrentamento ao Aedes no Tocantins, Éverson Farias, revela que as cidades com maior número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito são exatamente as localidades onde os moradores estão dificultando a entrada dos agentes nos domicílios.
 
SONORA: Éverson Farias, coordenador do enfrentamento ao Aedes no Tocantins 
 
“Essa relação existe. Os locais onde nós temos maior número imóveis com foco coincide com o maior número de imóveis fechados e com recusa do morador.”
 
REPÓRTER: Já o município de Peixe, localizado no sul do estado, não está entre as cidades consideradas prioritárias, mas está desenvolvendo ações de combate ao Aedes. Cerca de 200 pessoas, entre agentes de saúde, agentes de endemia e servidores municipais e estaduais estão realizando visitas às residências de vários bairros e informando a população para os riscos do mosquito. A ação dos moradores de Peixe é um exemplo recomendado pelo Ministério da Saúde, que pede a cada família 15 minutos de dedicação semanal para combater o Aedes. O diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica que a única forma de proteção contra a dengue, chikungunya e Zica é impedir que o Aedes nasça.   
 
SONORA: Cláudio Maierovitch, diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde
 
“A principal forma de eliminar o mosquito Aedes aegypti, que transmite pelo menos três vírus, que são muito importantes no Brasil - vírus que causa a dengue, que causa a chikungunya e que causa zika - é evitando que o mosquito nasça evitando a proliferação dos mosquitos. O mosquito precisa de água para colocar seus ovos e para que surjam novos mosquitos. Então é importante eliminar qualquer recipiente que contenha água parada.”
 
REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes aegypti nasce dentro de casa. Por isso, a participação da população é fundamental. Saiba mais na internet, no endereço combateaedes.saude.gov.br
 
Reportagem, Raphael Costa

 

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