TOCANTINÓPOLIS (TO): Combate por meio de conscientização, para acabar com medo da vacina contra HPV

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REPÓRTER: O câncer de colo de útero é o principal problema que o vírus HPV pode trazer para as mulheres. A estimativa é que só no Tocantins, surjam 180 novos casos desse tipo de câncer no ano que vem. Notícias de que a vacina causa reações graves têm colocado em risco à saúde de milhares de meninas entre 11 e 13 anos – público-alvo da campanha de vacinação. Boatos em Tocantinópolis, município de aproximadamente 22 mil habitantes, espalharam medo na comunidade, principalmente nos pais. Muitos ficaram receosos em levar as filhas aos postos de saúde. O resultado disso se reflete na baixa procura pela vacina no município: apenas 91 meninas tomaram a segunda dose da vacina, o que soma menos de 14 por cento da meta da campanha a ser atingida, em que cerca 600 meninas deveriam ser imunizadas.  A técnica em enfermagem responsável pela imunização do município, Elaíse Cavalcante, relata que o município teve que entrar em contato com os pais e montar uma estratégia de imunização.
 
SONORA: Técnica de Enfermagem, Elaíse Carvalho.
 
“Depois que saiu no noticiário às pessoas ficaram com um pouco de trauma, um pouco preocupadas se poderia fazer mal ou não. Passou o tempo do intervalo dos seis meses para procurar para fazer a segunda dose e não vieram. A gente teve que montar uma estratégia cobrando os agentes de saúde procurar o porquê não foi, ai vieram um pouco. De vez em quando vem uns, mas caiu bastante. Está um pouco difícil.”
 
REPÓRTER: O secretário de vigilância em Saúde do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, destaca que a vacina é segura, mas podem ocorrer efeitos colaterais sem gravidade.
 
SONORA: Secretário de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
 
“Vamos lembrar que essa vacina já é usada em mais de cem países do mundo, essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada essa vacina porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer de colo de útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor do que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
 
REPÓRTER: A vacina contra o vírus HPV é segura, gratuita e a segunda dose está disponível para meninas de 11 a 13 anos em qualquer um dos três postos de saúde do município ou em um dos hospitais de saúde básica para a vacinação. As unidades de saúde funcionam de segunda a sexta, das oito da manhã às cinco da tarde.
 
Reportagem, Lívia Bruno
 

 

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